In old times, women’s role was to have babies, raise the children and take care of the house.
Many religions taught that woman must be controlled by man. “A woman must never be free.” (Hindu Code)
At present, people don’t accept these ideas, they encourage women’s liberation and accept that women have two roles; one at home and one at work. But, when women look for work outside home, they can find only a few kinds of jobs. The most common are: secretaries, typist, clerks, booksellers, teachers, waitresses, etc.
Some women work in light industries such as canning food, packing drugs or work in cleaning hospitals, hotels and restaurants.
Many women work outside their houses today, but they still earn low wages.
Few countries give women the same rights as men. In some parts of the world women cannot vote or sign documents.
Today there is a great movement all over the world for women’s rights.
Imagem: http://freedesignfile.com/upload/2016/03/Back-muscle-woman-vector.jpg
Objetivo: motivar os alunos na busca do conhecimento através do uso da tecnologia.
sábado, 29 de janeiro de 2011
A carta de amor
The love letter
Once there was a boy who loved a girl very much. The girl's father, however, did not like the boy and did not want their love to grow. The boy wanted to write the girl a letter,
but he was sure that the girl's father would read it first.
At last he wrote this letter to the girl.
"The great love I said I have for you
is gone, and I find my dislike for you
increases every day. When I see you,
I do not even like the way you look;
the one thing I want to do is
I do not even like the way you look;
the one thing I want to do is
to look the other way. I never wanted to
marry you. Our last conversation
marry you. Our last conversation
was very dull and in no way has
made me anxious to see you again.
You think only for yourself.
If we were married, I know that I would find
made me anxious to see you again.
You think only for yourself.
If we were married, I know that I would find
life very difficult, and I would have no
pleasure in living with you. I have a heart to give,
pleasure in living with you. I have a heart to give,
but it is not a heart
I want to give to you. No one is more demanding or
I want to give to you. No one is more demanding or
selfish than you, and less
able to care for me
able to care for me
and be of help to me.
I sincerely
I sincerely
want you to understand that
I speak the truth.
I speak the truth.
Good-bye!
Believe me,
I do not care for you. Please do not think
I am still your loving friend."
I do not care for you. Please do not think
I am still your loving friend."
The girl's father read the letter. He was pleased, and then gave the letter to his daughter. The girl read the letter and was very happy. The boy still loved her!
Do you know why she was pleased? She and the boy had a secret way of writing to each other. She read only the first line of the letter, and then the third line,
Do you know why she was pleased? She and the boy had a secret way of writing to each other. She read only the first line of the letter, and then the third line,
and then the fifth line,
and so on, to the end of the letter.
Stress
With the routine we have nowadays – a lot f activities and not enough time to relax and have fun – it’s very easy to get stressed.
Some years ago the word “stress” was something used in magazines and books but only a few people knew its meaning.
Unfortunately now even the children can feel stressed very often. This is caused by the lack of balance between work and leisure – or study and leisure.
As a consequence, the energy is lower and people have headaches or they get a flu.
The good news is that it’s possible to control – and even to prevent stress – if we live a healthy life, having balance between intellectual and physical activities.
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOE8XsGcOUlo2lsha_PHC3fvhbBxEppjYjFjV3g0WMgXXPnwWL0m_9AWOA1DIyFopdXYv7_dR2vT4u_HDZONGXTvAqJ4U9d8ECewSlyW-cSq9fmltGzbz6mMr1qlV4A5EouGKoYkWarOcQ/s1600/stress.jpg
Dez regras para ser um bom cidadão
10 rules to be a good citizen
1. Learn what Respect means.
2. Teach the real meaning of respect through your attitudes, no matter where you are.
3. Think before you say something disagreeable.
4. Analyze if people are ready to listen to you – or you will be wasting your time.
5. Do ordinary things with love. People will envy you and they will imitate you.
6. Understand people’s point of view.
7. Learn you can’t change people beliefs.
8. Accept what can’t be changed.
9. Do your best in order to avoid misunderstandings.
10. Create and keep a state of harmony wherever you are.
1. Learn what Respect means.
2. Teach the real meaning of respect through your attitudes, no matter where you are.
3. Think before you say something disagreeable.
4. Analyze if people are ready to listen to you – or you will be wasting your time.
5. Do ordinary things with love. People will envy you and they will imitate you.
6. Understand people’s point of view.
7. Learn you can’t change people beliefs.
8. Accept what can’t be changed.
9. Do your best in order to avoid misunderstandings.
10. Create and keep a state of harmony wherever you are.
Expressões em Inglês
How are you? Como está você?
I am fine, thank you! Eu estou bem, obrigado!
Congratulations! Parabéns!
Thank you very much! Muito obrigado!
Not at all! De nada! Não tem de quê!
Welcome! Bem vindo
Nice to meet you! Prazer em conhecê-lo!
Excuse me! Com licença
Permission! Permissão! Licença!
Of corse! Pois não!
Apologize-me! Desculpe-me!
The same to you! O mesmo para você!
Well than! Pois bem!
It’s not possible! Não é possível!
Present! Presente!
Absence! Ausente!
Here! Aqui
Of course! Sim, naturalmente!
Listen to me! Ouça-me!
Sit down, please! Sente-se por favor!
I am sure! Tenho certeza!
I agree! Eu concordo!
I disagree! Eu discordo!
Take it easy! Calma!
Don’t worry! Não se preocupe!
Silence, please! Silêncio, por favor!
Pay attention, please! Preste atenção, por favor!
Just a moment, please! Um momento, por favor!
Come here, please! Venha cá, por favor!
What’s up? O que há?
Let’s study English? Vamos estudar Inglês?
Now for it! Mãos à obra!
Can I go to the bathroom? Posso ir ao banheiro?
I think so! Eu acho que sim
I don’t think so! Eu acho que não!
O Inglês no mundo
azul escuro - países com significantes concentrações de falantes nativos de Inglês
azul claro - outros países em que o Inglês é a língua oficial ou administrativa importante
O fenômeno da súbita globalização do mundo e da consequente necessidade de uma linguagem eficiente de comunicação é um fato que não depende de nele acreditarmos ou não. Sendo assim, aprender um idioma se tornou uma necessidade básica para profissionais de diversas áreas e para aqueles que se preparam para ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. O domínio de idiomas significa crescimento, desenvolvimento e, acima de tudo, melhores condições de acompanhar as rápidas mudanças que vêm ocorrendo nesse novo e tecnológico século.
A crescente internacionalização dos mercados levou as nações a adotarem o inglês como o idioma oficial do mundo dos negócios e considerando a importância econômica do Brasil como país em desenvolvimento, dominar o inglês se tornou sinônimo de sobrevivência e integração global. O aprendizado do inglês abre as portas para o desenvolvimento pessoal, profissional e cultural. O mercado atualmente considera um requisito básico no momento da contratação que o candidato domine o inglês. Muitas vezes o conhecimento do inglês significa um salário até 70% maior dentro da empresa, sem mencionar que com o domínio do inglês, as promoções dentro da empresa também chegam mais rápido.
As Universidades hoje, conscientes da importância do inglês no contexto social e profissional estão testando cada vez mais o conhecimento desse idioma em seus vestibulares. Por essa razão, não só o profissional que já atua no mercado precisa ter conhecimento da língua como também o jovem que deseja ingressar em um curso de graduação. O inglês deixou de ser luxo para integrar o perfil do profissional ou futuro profissional por mais jovem que ele seja. A realidade é uma só; ou você domina um ou mais idiomas, e o inglês é primordial, ou suas chances serão menores.
Empresas multinacionais estão exigindo certificados de proficiência em inglês de seus funcionários para assumirem novas filiais em outros países e no Brasil, em cargos de alto escalão ou não. Somente na Índia, a indústria do aprendizado de Inglês em massa consiste num negócio de cem milhões de dólares por ano. Trata-se da linha de frente de uma revolução global em que centenas de milhões de pessoas aprendem o inglês, a língua planetária para quase tudo que é tipo de transação.
Com o advento da Internet, os conhecimentos de inglês se tornaram fundamentais para aquele que busca fazer uma pesquisa eficiente na web. A Internet é um dos mais poderosos instrumentos tecnológicos aptos a trazer e levar informações de forma mais eficiente, e a tendência é que as pessoas se dêem conta disso cada vez mais rápido. Se você domina o inglês, todas as suas buscas na rede lograrão êxito. O inglês é a principal língua do comércio, tecnologia, comunicação, ciência, conferências acadêmicas, negócios, entretenimento, aeroportos e controle de tráfego aéreo, diplomacia, rádio, jornais, livros, esportes, turismo, competições internacionais, música pop, propaganda...
A cultura pop mais difundida no mundo é a americana. Quem não gosta de um cantor ou cantora americana ou de um seriado de tevê que passa na TV aberta ou pela TV por assinatura toda semana? Dominando o inglês você compreenderá mais seu artista predileto.
Jogos para computador e videogame são praticamente todos em inglês, salas de bate papo na internet, comunidades de compartilhamento de vídeos, mp3 são em inglês, comunidades de relacionamento do tipo My Space também em inglês, quase tudo está em inglês.
O Inglês, desde a pré -escola, é fundamental para um país que tem grande vocação turística. Línguas estrangeiras, como disciplina escolar, servirá, no mínimo, para classificar aqueles que têm maior identidade com o idioma estudado. A semente pode gerar bons frutos no futuro!!!! O inglês é um idioma conhecido em qualquer lugar do mundo. O mapa abaixo mostra onde se falam o Inglês e suas variedades hoje em dia: (ver figura já apresentada acima).
Denise Farias Rocha - Especialista em Língua Inglesa, Professora do Centro de Línguas vivas da Católica de Goiás.Fonte:Wikipedia, the free Encyclopedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page)
Imagem: http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/figuras/english_around_world/wm4.jpg
Diretrizes para a pilcha gaúcha
MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO
DIRETRIZES PARA A PILCHA GAÚCHA
O Movimento Tradicionalista Gaúcho, reunido na 67ª Convenção Tradicionalista Gaúcha, realizada em 29 e 30 de julho de 2005, na cidade de Tramandaí, aprovou as presentes DIRETRIZES para a “Pilcha Gaúcha”, conforme determina o parágrafo único do Art. 1º da Lei n° 8.813 de 10 de janeiro de 1889, com alterações introduzidas pela 69ª Convenção Tradicionalista Extraordinária, realizada no dia 20 de maio de 2006, na cidade de Bento Gonçalves.
I - DA PILCHA PARA ATIVIDADES ARTÍSTICAS E SOCIAIS
Indumentária a ser utilizada nas atividades cotidianas, apresentações artísticas e participações sociais, tais como bailes, congressos, representações, etc.
1. PILCHA MASCULINA
- BOMBACHAS:
Tecidos: brim (não jeans), sarja, linho, algodão, oxford, microfibra.
Cores: claras ou escuras, sóbrias ou neutras, tais como marrom, bege, cinza, azul marinho, verde-escuro, branca, fugindo as cores agressivas, fosforescentes, fugindo das cores contrastantes e cítricas, como vermelho, amarelo, laranja, verde-limão, cor-de-rosa.
Padrão: liso, listradinho e xadrez discreto.
Modelo: cós largo sem alças, dois bolsos na lateral, com punho abotoado no tornozelo.
Favos: O uso de favos e enfeites de botões, depende da tradição regional. As bombachas podem ter, nos favos, letras, marcas e botões.
Obs.: roupas de época não podem ter marcas.
Largura: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter,
aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
Obs.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça.
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- É vedado o uso de bombachas plissadas e coloridas.
- CAMISA:
Tecido – preferencialmente algodão, tricoline, viscose, linho ou vigela, microfibra( não transparente), oxford.
Padrão – liso ou riscado discreto
Cores – sóbrias, claras ou neutras, preferencialmente branca. Evitando cores agressivas e contrastantes.
Gola – social (ou seja, abotoada na frente, em toda a extensão, com gola atual, com punho ajustado com um ou mais botões).
Mangas longas – para ocasiões sociais ou formais, como festividades, cerimônias,
fandangos, concursos.
Mangas curtas – para atividades de serviço, de lazer e situações informais.
Camiseta de malha ou camisa de gola pólo – exclusivamente para situações informais e
não representativas. Podem ser usadas com distintivo da Entidade, da Região
Tradicionalista e do MTG.
Obs.: Vedado o uso de camisas de cetim e estampadas.
- BOTAS: De couro liso nas cores: preto, marrom (todos os tons) ou couro sem tingimento.
É vedado o uso de botas brancas. As botas “garrão de potro” são utilizadas
exclusivamente com traje de época.
A altura do cano varia de acordo com a região. Normalmente o cano vai até o joelho.
- COLETE: Se usar paletó poderá dispensar o colete.
Modelo tradicional (do mesmo tecido e cor das bombachas, podendo ser tom sobre tom),
sem mangas e sem gola, abotoado na frente com a parte posterior (costas) de tecido leve, ajustado com fivela, de uma cor só, no comprimento até a altura da cintura.
- CINTO (GUAIACA): tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas
fivelas frontais, ou de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas
fivelas frontais, ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo
com as características regionais.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
- PALETÓ: usado especialmente para ocasiões formais, podendo ser do mesmo tecido
das bombachas, na mesma cor ou “tom sobre tom”
Obs: é vedado o uso de túnicas militares substituindo o paletó.
- LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste.
Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores
vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijós em marrom ou cinza.
- FAIXA: Opcional, se usada deverá ser lisa, na cor vermelha, preta de lã ou bege cru
(algodão), de 10 a 12 cm de largura.
- ESPORAS: trata-se de peça utilizada nas lides campeiras. Nas representações
coreográficas de danças tradicionais é admissível o seu uso.
Obs: é vedado o uso de esporas em bailes e fandangos
- PALA: De uso opcional. Se usado deverá ser no tamanho padrão, com abertura na gola.
Poderá ser usado no ombro, meia-espalda, atado da direita para a esquerda. Poderá ser
usado em todos os trajes.
- FACA: O uso da faca é opcional nas apresentações artísticas e vedado nas demais
atividades sociais.
2. PILCHA FEMININA ARTISTICA E SOCIAL
- SAIA E BLUSA OU BATA: Nas apresentações artísticas, o traje feminino deve
representar a mesma classe social do homem.
Saia com a barra no peito do pé, godê, meio-godê ou em panos.
Blusa ou bata de mangas longas, três quartos ou até o cotovelo (vedado o uso de “boca
de sino” ou “morcego”), decote pequeno, sem expor os ombros e os seios, podendo ter
gola ou não.
Tecidos: lisos e mais encorpados, sem usar enfeites dourados, prateados, pinturas a óleo e demais tintas e purpurinas, bordados, ter o cuidado de escolher cores harmoniosas e lisas, esquecendo as cores fortes, berrantes e fosforescentes.
- SAIA E CASAQUINHO: Saia com a barra no peito do pé, godê, meio-godê ou em panos,
sem bordados.
Tecidos: lisos e mais encorpados, não transparente, sem usar enfeites dourados,
prateados, pinturas à óleo e demais tintas e purpurinas. Bordados discretos, ter o cuidado de escolher cores harmoniosas e lisas, esquecendo as cores fortes, berrantes e fosforescentes.
Casaquinho: de mangas longas (vedado o uso de mangas “boca de sino” ou “morcego”),
gola pequena e abotoado na frente.
Obs.: Saia com casaquinho (roupa de época), a saia deve ser lisa. No casaquinho poderá ter bordados discretos.
- VESTIDO: Inteiro e cortado na cintura ou de cadeirão ou ainda corte princesa com barra de saia no peito do pé, corte godê, meio-godê, franzido com ou sem babados.
Mangas – longas, três quartos ou até o cotovelo, admitindo-se pequenos babados nos
punhos, sendo vedado o uso de “mangas boca de sino” ou “morcego”.
Decote – pequeno, sem expor ombros e seios.
Enfeites – de rendas, bordados, fitas, passa-fitas, gregas, viés, transelim, crochê,
nervuras, plisses, favos. É permitida pintura miúda, com tintas para tecidos. Não usar pérolas e pedrarias, bem como, os dourados ou prateados e pintura a óleo e demais tintas ou purpurinas.
Tecidos - lisos ou com estampas miúdas e delicadas, de flores, listras, petit-poa e xadrez
delicado e discretos. Podem-se ser usados tecidos de microfibra, crepes, oxford. Não
serão permitidos os tecidos brilhosos ou fosforescentes, transparentes, slinck, lurex, rendão e similares.
Cores – devem ser harmoniosas, sóbrias ou neutras, evitando-se contrastes chocantes.
Não usar preto, as cores da bandeira do Brasil e do RS (combinações)
Na categoria mirim: não usar cores fortes (ex: marrom, marinho, verde escuro, roxo, bordô, pink, azul forte).
- SAIA DE ARMAÇÃO: Leve e discreta, na cor branca. Se tiver bordados, estes devem se
concentrar nos rodados da saia, evitando-se o excesso de armação. O comprimento deve
ser inferior ao do vestido.
- BOMBACHINHA: Branca, de tecido, com enfeites de rendas discretas, abaixo do joelho,
cujo comprimento deverá ser mais curta que o vestido.
- MEIAS: Devem ser de cor branca ou bege e longas, o suficiente para não permitir a
nudez das pernas.
- SAPATOS: Nas cores preta, marrom e bege, com salto 5 ou meio salto, com tira sobre o peito do pé, que abotoe do lado de fora ou botinhas pretas, marrom (vários tons de
marrom). O salto da botinha é de 5cm.
Não é permitido: Uso de sandálias e nem de sapatos abertos com vestidos, saias e
casacos e saia e blusa.(em nenhum momento é permitido o uso de sapatos abertos com
pilcha feminina).
- CABELOS: Podem ser soltos, presos, semi-presos ou em tranças, enfeitados com flores
naturais ou artificiais, sem brilhos ou purpurinas.
Obs.: O coque é permitido somente para prendas adultas e veteranas.
As flores poderão ser usados por prendas adultas e juvenis, bem como, um pequeno
passador (travessa). As prendas mirins não usam flores. Proibido o uso de plástico.
- MAQUIAGEM: Discreta de acordo com a idade e o momento social.
OBSERVAÇÕES:
a. Nas atividades de serviço (torcida, atividades nas escolas, eventos campeiros), a
prenda poderá usar: saia e blusa, bombachas feminina (lisa, sem bordado, com abertura
lateral) e camiseta em manga com gola “V” ou redonda, com o símbolos da entidade, da
Região Tradicionalista ou do MTG, chinelo campeiro (de couro), alpargata, alpargata de couro.
b. Nos Congressos, Convenções, Concursos de Prendas, Concurso de Peões (parte
artística), Encontros Regionais, Visitas Sociais, não é permitido o uso de bombachas
feminina.
c. A faixa das prendas deverá ser substituída por crachá sempre que estiver com o
traje alternativo ou de bombachas.
d. A Categoria Mirim (masculino e feminino) usará pilcha de acordo com o que
prescreve o “Livro de Indumentárias”, editado pelo MTG.
INDUMENTÁRIA ALTERNATIVA FEMININA:
AS REGIÕES TRADICIONALISTAS QUE APRESENTARAM SEUS TRAJES
ALTERNATIVOS ATE 30 DE NOVEMBRO DE 2008 CONFORME ORIENTAÇÃO DA
PORTARIA 30/08 (1ª,4ª,5ª,6ª e 13ª) E COM A DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA, TERÃO
ESTES TRAJES CONSIDERADOS, TRAJES ALTERNATIVOS REGIONAIS QUE PODERÃO
OU NÃO, SER USADOS NAS ATIVIDADES DESCRITAS ABAIXO.
-AS DEMAIS REGIÕES PODERÃO A QUALQUER TEMPO, ENCAMINHAR AO MTG SEUS
TRAJES ALTERNATIVOS PARA APRECIAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DA VICEPR ESIDENCIA
DE CULTURA E CONSELHO DIRETOR.
-OS TRAJES ALTERNATIVOS APROVADOS PELO MTG, PODERÃO SER ADOTADOS
POR OUTRAS REGIÕES.
REGULAMENTAÇÃO DO USO DE TRAJE ALTERNATIVO FEMININO:
1- O TRAJE ALTERNATIVO NÃO DEVERA SER USADO em situações que, tenham caráter
de formalidade, competições artísticas/culturais, esportivas, CFOR, palestras, seminários, Reuniões do Conselho Diretor, Reuniões de Coordenadores, Encontros de Patrões, Cirandan Cultural de Prendas, ENART (quando participantes), Convenções e Congressos, Bailes, Fandangos e Domingueiras.
2- O TRAJE ALTERNATIVO PODERÁ SER USADO para situações de trabalho e ou informais
tais como: atividades campeiras, participação em eventos campeiros, serviço de secretaria nos rodeios, atividades ligadas ao CTG núcleo de fortalecimento da cultura gaúcha, fase campeira do Entrevero Cultural de Peões, atividades festivas diurnas (sem baile) nos CTGs, FECARS, e para exclusiva visitação em eventos como o ENART, Rodeios Artísticos, Semana Farroupilha e outros.
3- O TRAJE ALTERNATIVO NÃO PODE SER CONFUNDIDO COM UNIFORME, este deverá
ser a critério da Entidade podendo ser usado exclusivamente em situações informais e no SAT (grupos de dança).
4- A BOMBACHA FEMININA, conforme as Diretrizes de Indumentária do MTG, não se
enquadra em traje alternativo, mas sim, indumentária campeira feminina e poderá ser usada apenas em eventos campeiros ou em uniformes para grupos de dança..
- DIRETRIZES APROVADAS PELA 73ªA CONVENÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE
CANGUÇU/2009.
II - DA PILCHA CAMPEIRA
Indumentária a ser utilizada nas atividades campeiras, tais como rodeios, cavalgadas,
desfiles e outras lidas.
1. PILCHA MASCULINA CAMPEIRA
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo
com as características regionais.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
- BARBICACHO: de couro, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
- LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste.
Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores
vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível,
ainda, carijós em marrom ou cinza.
- CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte
frontal, em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o
uso de camiseta e camisa gola pólo.
Obs. A camisa deverá estar sempre por dentro das bombachas.
- CINTO (GUAIACA): tendo de uma a três guaiacas internas, ou não, com uma ou duas
fivelas frontais. Ou de couro cru, com ou sem guaiacas, sempre com uma ou duas fivelas
frontais. Ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- TIRADOR: de uso opcional, exceto para pealar. Quando usado, este substituirá o cinto
quando tiver um reforço na parte superior (cintura) imitando um cinto, com ou sem
guaiacas e que tenha no mínimo uma fivela de tamanho grande (5 a 7cm).
- FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
- BOMBACHAS: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da
cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombacha no tamanho 40, automaticamente
deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
Obs.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como
tal e não seja confundida com uma calça.
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
- ESPORAS: de uso obrigatório, sempre usado no calcanhar e com rosetas não
pontiagudas.
- FACA: O uso da faca na cintura é obrigatório para as categorias dos peões, exceto na gineteada, vedado para piás e guris e facultativo para as demais categorias. Quando utilizada, a faca deverá ter no mínimo 15cm e no máximo 30cm de lâmina e ser
adequada ao uso campeiro.
2. PILCHA FEMININA CAMPEIRA
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo
com as características regionais.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
- BARBICACHO: de couro, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
- LENÇO: : no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste.
Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores
vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijós em marrom ou cinza.
- CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte
frontal, podendo ter cortes e características femininas (rendas, babados, etc), em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola polo.
- CINTO (guaiaca): ): tendo de uma a três guaiacas internas, ou não, com uma ou duas
fivelas frontais. Ou de couro cru, com ou sem guaiacas, sempre com uma ou duas fivelas frontais. Ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- TIRADOR: de uso opcional, exceto para pealar. Quando usado, este substituirá o cinto quando tiver um reforço na parte superior(cintura) imitando um cinto, com ou sem guaiacas e que tenha no mínimo uma fivela de tamanho grande(5 a 7cm).
- FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser acompanhada do cinto e ser de lã,
nas cores preta ou vermelha.
- BOMBACHAS: com ou sem favo, sem bordados e sem pregas costuradas. Podendo ser
de estilo feminino, ou seja, com aberturas laterais. A largura das bombachas, na altura da perna, será, aproximadamente, a mesma largura da cintura. Naturalmente as bombachas femininas serão mais estreitas do que as masculinas.
- BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
- ESPORAS: de uso opcional. Quando utilizadas, deverão ser dotadas de rosetas não
pontiagudas.
- FACA: de uso opcional.
Obs.:
1) Aconselha-se que quando a prenda for montar com vestido ou saia, que ela use o selim e não as montarias convencionais.
2) Poderão também ser usados os trajes alternativos regionais, desde que devidamente
comprovados e aprovados em Encontro Regional.
III - DA PILCHA PARA A PRÁTICA DE ESPORTES
Indumentária a ser utilizada nas atividades esportivas, tais como jogos de truco, bocha
campeira, tava, etc.
1. PILCHA MASCULINA PARA ESPORTES
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo
com as características regionais, porém para as provas realizadas em locais cobertos, évetado o seu uso.
Obs. É vetado o uso de boinas e bonés.
- BARBICACHO: de couro cru, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
- LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste.
Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores
vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível,ainda, carijó em marrom ou cinza.
- CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte
frontal, em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o
uso de camiseta e camisa gola polo.
- CINTO (Guaiaca): tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas
fivelas frontais, ou de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas
fivelas frontais, ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
- BOMBACHAS – com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da
cintura, ou seja, uma pessoa que use suas bombachas no tamanho 40, automaticamente
deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
Obs.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como
tal e não seja confundida com uma calça.
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
- CHINELO CAMPEIRO: em couro e fechado na frente.
- TAMANCO: com cepa de madeira, em couro e fechado na frente.
- ALPARGATAS: de lona com solado de corda, ou de couro com solado de couro.
- FACA: é vedado o seu uso.
2. PILCHA FEMININA PARA ESPORTES
- CHAPÉU: de uso opcional, de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais, porém para as provas realizadas em
locais cobertos, é vedado o seu uso.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
- BARBICACHO: de couro cru, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
- LENÇO: de uso opcional. Quando usado não poderá ser uma tira ou fita.
- CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte
frontal, podendo ter cortes e características femininas (rendas, babados, etc), em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola polo.
- CINTO (Guaiaca): de uso opcional, porém quando usado, tendo de uma a três guaiacas,
internas ou não, com uma ou duas fivelas frontais, ou artesanal de couro cru, com ou
sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas fivelas frontais.
- FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser acompanhada do cinto e ser de lã,
nas cores preta ou vermelha.
- BOMBACHAS: com ou sem favo, sem bordados e sem pregas costuradas. Podendo ser
de estilo feminino, ou seja, com aberturas laterais. A largura das bombachas, na altura da perna, será, aproximadamente, a mesma largura da cintura. Naturalmente as bombachas femininas serão mais estreitas do que as masculinas.
- BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
- CHINELO CAMPEIRO: em couro e fechado na frente.
- ALPARGATAS: de lona com solado de corda, ou de couro com solado de couro.
- FACA: é vedado o seu uso.
OBSERVAÇÕES GERAIS PARA TODAS AS SITUAÇÕES:
É vedado, por não fazerem parte da indumentária tradicional do gaúcho:
a. Bonés e boinas;
b. Barbicachos exclusivamente de metal;
c. Chapéus de couro, palha, ou qualquer material sintético;
d. Cinto com rastra (enfeite de metal com correntes na parte frontal);
e. Botas de borracha ou de lona.
Fonte:www.mtg.org.br
O Chimarrão e sua história
O Chimarrão é um legado do índio Guarani
Sempre presente no dia-a-dia, o chimarrão constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul, ou seja, na tradição representativa do nosso pago. Também conhecido como mate amargo, como bebida preferida pelo gaúcho, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas, inclusive no Rio Grande do Sul.
O homem branco, ao chegar no pago gaúcho, encontrou o índio guarani tomando o CAA, em porongo, sorvendo o CAÁ-Y, através do TACUAPI.
Podemos dizer, que o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático, é o costume que, de mão – em - mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul, chegando a ser o maior veículo de comunicação.
O mate é a voz quíchua, que designa a cuia, isto é, o recipiente para a infusão do mate. Atualmente, por extensão passou a designar o conjunto da cuia, erva-mate e bomba, isto é, o mate pronto.
O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. O Chimarrão é um hábito, uma tradição, uma espécie de resistência cultural espontânea.
Os avios ou os apetrechos do mate constituem o conjunto de utensílios usados para fazer o mate. Os avios do mate são fundamentalmente a cuia e a bomba.
A CUIA NOVA
Quando a cuia é nova, é necessário curti-la antes de começar a matear. Para tal, é necessário enchê-la de erva-mate pura ou ainda misturada com cinza vegetal e água quente, que deve permanecer de dois a três dias, mantendo a umidade, para que fique bem curtida, impregnando o gosto da erva em suas paredes. O uso da cinza é para dar maior resistência ao porongo. Após o tempo determinado, retira-se a erva da cuia e, com uma colher, raspa-se bem o porongo, para retirar alguns baraços que tenham ficado.
VOCABULÁRIO
Caá = erva-mate
Caá-y = bebida do mate = chimarrão
Tacuapi= bomba primitiva, feita de taquara pelos índios guaranis.
O MATE E A SUA INTIMIDADE
O ato de preparar um mate diz-se: “cevar um mate” ou “fechar um mate”, ou “fazer um mate” ou ainda ”enfrenar um mate”. A palavra amargo é muito usada em lugar de mate ou chimarrão. O convite para tomar um mate é feito das seguintes formas:
Vamos matear?
Vamos gervear?
Vamos chimarrear?
Vamos verdear?
Vamos amarguear?
Vamos apertar um mate?
Vamos tomar um chimarrão?
Vamos tomar mate ou um mate
Que tal um mate?
EM RELAÇÃO A COMPANHIA, O MATE PODE SER TOMADO DE TRÊS MANEIRAS:
MATE SOLITO : quando não precisa de estímulo maior para matear, a não ser a sua própria vontade. É o verdadeiro mateador.
MATE DE PARCERIA : quando se espera por um ou mais companheiros para matear a fim de motivar o mate, pois não gosta de matear sozinho.
RODA DE MATE: é na roda de mate, que esta tradição assume seu apogeu, agrupando pessoas sem distinção de raça, credo, cor ou posse material. Irmanados num clima de respeito, o mate integra gerações numa trança de usos e costumes, que floresce na intimidade gaúcha.
CHIMARRÃO É RICO EM POESIA
Antigamente, Quando os namoros eram de longe, através de troca de olhares, os apaixonados utilizavam o mate como meio de comunicação e, de acordo com o que era posto na cuia, a mensagem era recebida e interpretada. Ao longo de sua história, o chimarrão é utilizado como veículo sutil de comunicação com objetivos sentimentais.
Atualmente, os costumes mudaram, mas o hábito do chimarrão permanece cada vez mais forte, caracterizando o povo gaúcho.
SIGNIFICADO DOS MATES
* Mate com açúcar: quero a tua amizade
* Mate com açúcar queimado: és simpático
* Mate com canela: só penso em ti
* Mate com casca de laranja: vem buscar-me
* Mate com mel: quero casar contigo
* Mate frio: desprezo-te
* Mate lavado: vai tomar mate em outra casa
* Mate enchido pelo bico da bomba: vás embora
* Mate muito amargo (redomão): chegaste tarde, já tenho outro amor
* Mate com sal: não apareças mais aqui
* Mate muito longo: a erva está acabando
* Mate curto: pode prosear a vontade
* Mate servido com a mão esquerda: você não é bem vindo
* Mate doce: simpatia
A LENDA DA ERVA MATE
Contam que um guerreiro guarani, que pela velhice não podia mais sair para as guerras, nem para a caça e pesca, porque suas pernas trôpegas não mais o levavam, vivia triste em sua cabana. Era cuidado por sua filha, uma bela índia chamada Yari, que o tratava com imenso carinho, conservando - se solteira, para melhor se dedicar ao pai.
Um dia, o velho guerreiro e sua filha receberam a visita de um viajante, que foi muito bem tratado por eles. À noite, a bela jovem cantou um canto suave e triste para que o visitante adormecesse e tivesse um bom descanso e o melhor dos sonos.
Ao amanhecer, antes de recomeçar a caminhada, o viajante confessou ser enviado de Tupã, e para retribuir o bom trato recebido, perguntou aos seus hospedeiros o que eles desejavam, e que qualquer pedido seria atendido, fosse qual fosse.
O velho guerreiro, lembrando que a filha, por amor a ele, para melhor cuidá-lo, não se casava apesar de muito bonita e disputada pelos jovens guerreiros da tribo, pediu algo que lhe devolvesse as forças, para que Yari, livre de seu encargo afetivo, pudesse casar.
O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvores de Caá e ensinou a preparar a infusão, que lhe devolveria as forças e o vigor, e transformou Yari em deusa dos ervais, protetora da raça guarani.
A jovem passou a chamar-se Caá-Yari, a deusa da erva-mate, e a erva passou a ser usada por todos os componentes da tribo, que se tornaram mais fortes, valentes e alegres.
ALGUNS DIZERES
O primeiro mate é dos pintos . - como o gaúcho atira fora os primeiros sorvos de mate, serão os pintos os aproveitadores das partículas de erva cuspidas.
O mate pra o estribo ou O mate o mate do estribo . O último mate com que se brinda um visitante, quando ele já está “com pé no estribo”, ou seja, pronto para partir.
Como o mate do João Cardoso . Emprega-se para designar um fato que nunca se realiza, uma promessa que nunca se cumpre.
Como o mate das senhoras Morais . Idêntico significado da frase anterior. As senhoras Morais, residente na povoação de Basílio, no município de Herval, quando recebiam visitas passavam a tarde inteira perguntando se os amigos queriam mate doce ou chimarrão, com erva paraguaia ou brasileira, em cuia de porcelana ou porongo... para, no final, nada oferecerem.
Toma mais um mate. Não te vás, é cedo ainda.
Aquentar a água pra outro tomar mate. Preparar um negócio para outro pessoa colher os lucros. Emprega-se de modo especial para designar um namorado que “prepara uma moça para depois outro casar com ela...
A “erva”. O dinheiro.
Ele se encheu de “erva”. Ele ganhou muito dinheiro. Talvez um vestígio do tempo em que a erva supria a ausência de moedas sonantes.
Nem pra erva. No último grau de pobreza. Sem dinheiro se quer para comprar o artigo de primeiríssima necessidade quotidiana, que é a erva-mate.
OS DEZ MANDAMENTOS DO CHIMARRÃO
1º - Não peças açúcar no mate.
2º - Não digas que o chimarrão é anti-higiênico.
3º - Não digas que o mate está quente demais.
4º - Não deixes um mate pela metade.
5º - Não te envergonhes do ronco do mate.
6º - Não mexas na bomba.
7º - Não alteres a ordem em que o mate é sorvido.
8º - Não durmas com a cuia na mão.
9º - Não condenes o dono da casa por tomar o primeiro mate.
10º - Não digas que o chimarrão dá câncer na garganta.
FAGUNDES , Glênio - Cevando o Mate
LESSA , Luiz Carlos Barbosa - História do Chimarrão
TUBINO, Wilson - Os Mistérios Ocultos do Chimarrão
TEIXEIRA , Luiz Rotilli - A Importância Social do Chimarrão
BERKAI, Dorival e BRAGA, Clóvis Airton - 500 Anos de História de Erva-mate
RIBEIRO , Paula Simon - Folclore: Aplicação Pedagógica
FAGUNDES, Antonio Augusto - Curso de Tradicionalismo Gaúcho
Imagem: http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/16887914.jpg?w=640
História do Hino Rio-Grandense
LETRAS E AUTORES
O Hino Rio-Grandense que hoje cantamos tem a sua história particular e, porque não dizer, peculiar. Porque muitas controvérsias apresentou, desde seus tempos de criação até os tempos de então. Oficialmente existe o registro de três letras para o hino, desde os tempos do Decênio Heróico até aos nossos dias. Num espaço de tempo de quase um século foram utilizadas três letras diferentes até que finalmente foi resolvido, por uma comissão abalizada, que somente um deles deveria figurar como hino oficial.
O PRIMEIRO HINO
A história real do Hino, começa com a tomada da então Vila de Rio Pardo, pelas forças revolucionárias farroupilhas. Ocasião em que foram aprisionados uma unidade do Exército Imperial, o 2° Batalhão, inclusive com a sua banda de música. E o mestre desta banda musical, Joaquim José de Mendanha, mineiro de nascimento que também foi feito prisioneiro era um músico muito famoso e considerado um grande compositor. Após a sua prisão ele, Mendanha, teria sido convencido a compor uma peça musical que homenageasse a vitória das forças farroupilhas, ou seja a brilhante vitória de 30 de abril de 1838, no célebre “Combate de Rio Pardo”.
Mendanha, diante das circunstâncias, resolveu compor uma música que, segundo alguns autores, era um plágio de uma valsa de Strauss. A melodia composta por Mendanha era apenas musicada. E o capitão Serafim José de Alencastre, pertencente as hostes farrapas e que também era versado em música e poesia, entusiasmado pelos acontecimentos, resolveu escrever uma letra alusiva à tomada de Rio Pardo.
O SEGUNDO HINO
Quase um ano após a tomada de Rio Pardo, foi composta uma nova letra e que foi cantada como Hino Nacional, o autor deste hino é desconhecido, oficialmente ele é dado como criação de autor ignorado. O jornal “O Povo”, considerado o jornal da República Riograndense em sua edição de 4 de maio de 1839 chamou-o de “o Hino da Nação”.
O TERCEIRO HINO
Após o término do movimento apareceu uma terceira letra, desta vez com autor conhecido: Francisco Pinto da Fontoura, vulgo “o Chiquinho da Vovó”. Esta terceira versão foi a que mais caiu no agrado da alma popular. Um fato que contribui para isto foi que o autor, depois de pronto este terceiro hino, continuou ensinando aos seus contemporâneos o hino com sua letra. A letra deste autor é basicamente a mesma adotada como sendo a oficial até hoje, mas a segunda estrofe, que foi suprimida posteriormente, era a seguinte:
Entre nós reviva Atenas
Para assombro dos tiranos;
Sejamos gregos na Glória,
E na virtude, romanos.
O HINO DEFINITIVO
Estas três letras foram interpretadas ao gosto de cada um até meados do ano de 1933, ano em que estavam no auge os preparativos para a “Semana do Centenário da Revolução Farroupilha”. Nesse momento um grupo de intelectuais resolveu escolher uma das versões para ser a letra oficial do hino do Rio Grande do Sul.
A partir daí, o Instituto Histórico contando com a colaboração da Sociedade Rio-Grandense de Educação, fez a harmonização e a oficialização do hino. O Hino foi então adotado naquele ano de 1934, com a letra total conforme fora escrito pelo autor, no século passado, caindo em desuso os outros poemas.
No ano de 1966, o Hino foi oficializado como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense, por força da lei 5213 de 05 de janeiro de 1966, quando foi suprimida a segunda estrofe.
topo
HINO RIO-GRANDENSE
LETRA
Francisco Pinto da Fontoura
(vulgo Chiquinho da Vovó)
MÚSICA
Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha
HARMONIZAÇÃO
Antônio Corte Real
Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.
Estribilho:
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
Mas não basta pra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.
Estribilho:
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
O Hino Rio-Grandense que hoje cantamos tem a sua história particular e, porque não dizer, peculiar. Porque muitas controvérsias apresentou, desde seus tempos de criação até os tempos de então. Oficialmente existe o registro de três letras para o hino, desde os tempos do Decênio Heróico até aos nossos dias. Num espaço de tempo de quase um século foram utilizadas três letras diferentes até que finalmente foi resolvido, por uma comissão abalizada, que somente um deles deveria figurar como hino oficial.
O PRIMEIRO HINO
A história real do Hino, começa com a tomada da então Vila de Rio Pardo, pelas forças revolucionárias farroupilhas. Ocasião em que foram aprisionados uma unidade do Exército Imperial, o 2° Batalhão, inclusive com a sua banda de música. E o mestre desta banda musical, Joaquim José de Mendanha, mineiro de nascimento que também foi feito prisioneiro era um músico muito famoso e considerado um grande compositor. Após a sua prisão ele, Mendanha, teria sido convencido a compor uma peça musical que homenageasse a vitória das forças farroupilhas, ou seja a brilhante vitória de 30 de abril de 1838, no célebre “Combate de Rio Pardo”.
Mendanha, diante das circunstâncias, resolveu compor uma música que, segundo alguns autores, era um plágio de uma valsa de Strauss. A melodia composta por Mendanha era apenas musicada. E o capitão Serafim José de Alencastre, pertencente as hostes farrapas e que também era versado em música e poesia, entusiasmado pelos acontecimentos, resolveu escrever uma letra alusiva à tomada de Rio Pardo.
O SEGUNDO HINO
Quase um ano após a tomada de Rio Pardo, foi composta uma nova letra e que foi cantada como Hino Nacional, o autor deste hino é desconhecido, oficialmente ele é dado como criação de autor ignorado. O jornal “O Povo”, considerado o jornal da República Riograndense em sua edição de 4 de maio de 1839 chamou-o de “o Hino da Nação”.
O TERCEIRO HINO
Após o término do movimento apareceu uma terceira letra, desta vez com autor conhecido: Francisco Pinto da Fontoura, vulgo “o Chiquinho da Vovó”. Esta terceira versão foi a que mais caiu no agrado da alma popular. Um fato que contribui para isto foi que o autor, depois de pronto este terceiro hino, continuou ensinando aos seus contemporâneos o hino com sua letra. A letra deste autor é basicamente a mesma adotada como sendo a oficial até hoje, mas a segunda estrofe, que foi suprimida posteriormente, era a seguinte:
Entre nós reviva Atenas
Para assombro dos tiranos;
Sejamos gregos na Glória,
E na virtude, romanos.
O HINO DEFINITIVO
Estas três letras foram interpretadas ao gosto de cada um até meados do ano de 1933, ano em que estavam no auge os preparativos para a “Semana do Centenário da Revolução Farroupilha”. Nesse momento um grupo de intelectuais resolveu escolher uma das versões para ser a letra oficial do hino do Rio Grande do Sul.
A partir daí, o Instituto Histórico contando com a colaboração da Sociedade Rio-Grandense de Educação, fez a harmonização e a oficialização do hino. O Hino foi então adotado naquele ano de 1934, com a letra total conforme fora escrito pelo autor, no século passado, caindo em desuso os outros poemas.
No ano de 1966, o Hino foi oficializado como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense, por força da lei 5213 de 05 de janeiro de 1966, quando foi suprimida a segunda estrofe.
topo
HINO RIO-GRANDENSE
LETRA
Francisco Pinto da Fontoura
(vulgo Chiquinho da Vovó)
MÚSICA
Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha
HARMONIZAÇÃO
Antônio Corte Real
Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.
Estribilho:
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
Mas não basta pra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.
Estribilho:
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
Arte e artesanado gaúcho
1. Definindo Arte e Artesanato
Alguns folclorista brasileiro agrupam, sob o título de Artes populares todas as técnicas tradicionais empregadas pelo povo. Desse modo, incluem, nessa área, tanto a construção de um rancho de torrão, ou de um barco, como o trabalho de uma tecelã ou de um ceramistas, etc...
Outros atores classificam as manifestações artísticas do povo como artesanato.
Rossini Tavares de Lima e Renato Almeida fazem uma distinção entre artesanato e arte popular. Diz Rossini (1976): “ Não é possível incluirmos na categoria de artesanato as pinturas de bandeiras de Santos, os ex-votos na forma de esculturas de cabeças , as xilograduras dos folhetos de literatura de cordel, os desenhos coloridos das carrocerias de caminhão e os exemplares de cerâmica figurativa que existem por todo Brasil. Nesses exemplares muito diferente dos produtos de artesanato, observa-se o predomínio de elementos decorativos na definição de uma expressão estética. Os homens que desenvolveram as atividades referidas não podem e não devem ser situadas no mesmo plano de um paneleiro , cesteiro ou um fazedor de pilões. Existe nessas atividades, a procura de alguma coisa diferente, que não inclui somente no imediatismo utilitário, se bem que as formas de arte popular posam se encontrar associados, muitas vezes, num objeto utilitário, produtos de artesanato”.
Renato apóia-se na opinião de Paul Sébillot que considera como “ arte folclórica aquela que não resulta de qualquer ensinamento especial, mas de uma tradição ou na necessidade de exprimir- por sinais- idéias ou coisas vistas cuja recordação pode ser agradável ou útil”. (1972).
A arte folclórica vem sendo praticada pelos mais diversos grupos humanos em diferentes épocas da história.
No entender de Cecília Meirelles (1968), ela “ resume os grandes trabalhos humanos” e “ manifesta a sensibilidade geral dos que a praticam, por uma seleção de motivos que são uma espécie de linguagem cifrada”.
Como todo fato folclórico, a arte popular é de criação espontânea e pode sofrer os fenômenos da evolução e da extinção.Como diz Ana Augusta Rodrigues, a arte popular “ é feita pelo povo”, produto de sua imaginação e é a expressão do grupo a que pertence.
Segundo E. O. Christien (1965), a arte folclórica, “ limitada a uma região particular, move-se dentro de uma linha estreita e, geralmente, perpétua desenhos hereditários: a originalidade ou imaginação constituem uma exceção”.
Dessa afirmativa, conclui-se que toda uma área possa se revelar por estilos artísticos definidos.
As produções de arte espontânea ligam-se, também, aos materiais disponíveis na área em que vive o artista folclórico.
Segundo Rossini T. Lima (1976), o “ artista folclórico não tem consciência de que produz arte e é só incluído na categoria de artistas pelos folcloristas que encontraram, no objeto de sua criação a predominância de motivos estéticos”. Opina ainda, o autor que a “ arte folclórica, como toda a manifestação de arte, explica-se no caráter pessoalismo de cada exemplar, revelador de uma cultura regional espontânea aliada à criatividade do autor”. Renato Almeida, considera como arte popular: cerâmica, escultura e pintura”.
Várias definições foram propostas por folcloristas brasileiros para diferenciar arte e artesanato.
Para Saul Martins (1974), o “ debate a respeito da diferença entre arte popular e artesanato parece-nos sem importância, seja porque todo artista começou como artesão. Se este evoluiu para a criação de peças bem acabadas, naturalmente vira artista”.
O mesmo autor nos indica as características do artesanato:
1) manual- o contato é direto entre o artesão e o material empregado, sem se considerar, naturalmente, pequenas intervenções de ferramentas ou aparelhos simples.
2) os objetos resultam de elaboração intelectual, embora sem requinte, feitos segundo os padrões tradicionais, mas nunca em molde ou forma, nem mesmo em série.
3) aqui se realizam formas, que podem ser apreciáveis ou suscetíveis de sê-lo, e não simples produtos.
4) emprega-se material disponível, gratuito ou extraído no lugar ou retalhos, sobra aproveitável.
5) doméstico ou caseiro, conta com a participação da família.
6) o artesão não conhece a divisão do trabalho, não se organiza para a produção, sozinho executa todas as parcelas necessárias à transformação.
Saul Martins (1974) observa, ainda, que o “ tipo ou modalidade de artesanato resulta de fatores ecológicos, isto é das relações entre o homem e o meio. Adapta-se às condições locais, ao estilo de vida, às exigências da freguesia, aos recursos naturais, á ocasião. Sendo o artesanato uma manifestação da vida comunitária, o artesão faz objetos padronizados, o que empresta à sua arte um caráter regional e tradicional”.
Para R. T. de Lima (1974), a expressão artesanato se dá a coisas que são feitas, no todo, por uma pessoa ou, no máximo, por pequenos grupos de pessoas.
O artesanato possui características domésticas e , no geral, é valorizado pelo cunho pessoal de que se revestem seus produtos, elaborados à mão ou com auxílio de rudimentares instrumentos de trabalho, estes muitas vezes, confeccionados pelo próprio artesão. Pode ser erudito, popularesco e folclórico.
Considera como artesanato: cerâmica utilitária, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabrico de farinha de mandioca, monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E, como arte, pintura e desenho (primitivos), esculturas (figura de barro) madeira, pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria popular, renda, filé, crochê, papel recortado para enfeite...
A classificação de Alceu Maynard Araújo (1964), a respeito dos trabalhos de confecção manual, é mais ampla e engloba, além das artes populares, as técnicas tradicionais. Nas técnicas, inclui: atafona, monjolo, engenho, alambique, etc..., construção de casas, barcos, carros e utensílios domésticos e a confecção de doçaria e comidas típicas.
Diz Maynard (1964) sobre o artesanato: “ são coisas que o homem cria, sem ensino formal, levado pela necessidade. São técnicas tradicionais elementares de que o homem se serve para melhor subsistência, no primitivismo imposto pelo meio”. Uma explicação disso temos na referência de Jean Roche a respeito dos artesanatos do colonos alemães no Rio Grande do Sul. “ As memórias deste novo Robinson, chegado a São Leopoldo em 1828, provam que o motivo que levou os colonos a produzirem eles próprios, a maior parte dos artigos de uso foi a necessidade de fazer economias de toda sorte. A simples sobrevivência biológica dos emigrantes só foi possível graças ao trabalho de toda família e ao retorno (regressão) de técnicas tradicionais as mais elementares (rudimentares). Foi uma adaptação ao novo meio. O artesanato rural se dividiu em dois grandes ramos: o fornecimento dos artigos necessários à vida local e a transformação dos produtos agrícolas para vender”.
A necessidade leva o individuo a recorrer a novas técnicas de subsistência. Esta é uma das causas da instabilidade da artesania. Geralmente, o artesão é improvisado e faz da atividade um “ biscate”.
Nem sempre as técnicas artesanais têm continuidade na família. O trabalho artesanal depende da matéria prima que, muitas vezes, não pode ser adquiridas em grande quantidade.
O artesanato está, ainda, como diz Maynard, no círculo do “ quebra-galho”, isto é, produz-se hoje para comer amanhã.
O mercado também influi sobre a produção artesanal pois, nem sempre a peça artesanal é valorizada na localidade onde tem origem.
2- Arte Folclórica
â Cerâmica e Modelagem folclórica
Desde a Pré-história, a modelagem em barro tem sido uma forma de expressão do homem.
A palavra cerâmica, originada do grego Keramus, designa todos os objetos de argila submetidos à queima.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, já encontraram os índios confeccionando objetos de barro: potes, panelas, pratos e vasos.
Segundo Haydee Nascimento, “ os primeiros jesuítas não acrescentaram nada à cerâmica indígena”. As formas: bilhas, talhas, etc... chegam através dos artesãos emigrados que introduzem, também, o torno de oleiro.
Em quase todo o Brasil são encontrados oleiros. As peças produzidas são de dois tipos:
→ utilitário;
→ figurativo.
Este último tipo, também denominado cerâmica figureira, é mais expressivo no Nordeste brasileiro, onde se tornou famosa a dita “ Escola de Caruaru”. Destacam-se, ainda, no Nordeste, a cerâmica de Carrapicho (Sergipe) e a de Maragogipinho (Bahia).
Em Mato Grosso e Goiás, molda-se cerâmica figurativa: São Paulo, salientam-se a do Vale do Paraíba e a de Apiaí.
Em Santa Catarina, os barristas de São José das Palhoças produzem figuras antropomorfas e zoomorfas.
A cerâmica utilitária é encontrada em todo território nacional (alguidares, potes, moringas, talhas, quartinhas) e se distinguem, regionalmente, tanto pela cor da peça como pelos motivos ornamentais. Observam-se, também, em peças utilitárias, as expressões artísticas, pois, muitas delas, apresentam formas antropo, zoo ou fitomorfas (moringas com figuração de mulher; mealheiros ou cofres figurando animais; assovios, cachimbos e paliteiros em forma de pássaros, ...).
No Rio Grande do Sul, temos apenas a cerâmica utilitária no estágio de indústria com a utilização de tornos.
- Técnicas
Embora em algumas regiões do Brasil seja considerada indígena da cerâmica de cordel (rolo ou espiral), os objetos modelados, em sua maioria são de tradição ibérica: Quartinha, moringa, etc...
Além da técnica de cordel, utilizam-se, ainda, técnicas de levantamento e a que conta com o auxílio de forma para a base. Funciona, também, a rodeira (torno movido a pé). A técnica manual é utilizada por mulheres e crianças enquanto que a roda de oleiro é trabalho masculino.
Ao lado dos trabalhos de barro formados há a modelagem não submetida a forno, isto é, de barro cru como as que confeccionam os barristas de Taubaté, Cunha, Piraitinga, Paraibuna (São Paulo).
- Escultura folclórica
No Brasil, encontram-se trabalhos de escultura em: madeira, pedra-sabão, pedra Grês, massa de Guaraná, balata, massa de açúcar (alfenis), cera, miolo de pão, galhos de árvores, etc...
Renato Almeida (1974) destaca, na escultura popular brasileira, os trabalhos dos imaginários (santeiros), os ex-votos (promessas talhadas em madeiras) e as carrancas (cabeçorras antropo zoomorfas).
São famosas, no Nordeste , as talhas pernambucanas, em especial, as de Olinda, para sua confecção, utilizam formões e um pequeno martelo, para pequenos detalhes é utilizado canivete. Os motivos são florais, bailados folclóricos, indígenas, pescadores e, também, religiosos (Cristo, Santa ceia).
Para escurecer a madeira, usam grão de Viochene e, para dar brilho, cera.
No Rio Grande do Sul são encontradas exemplares de escultura em madeira não só representando figuras de animais mas figuras humanas (Livramento e Uruguaiana).
Encontram-se esculturas em cabos e relhos (Santa Maria) e em palanques (São Gabriel).
Aproveitam-se, também, galhos de árvores para transforma-los, com pequenas elaborações, em belas peças (Livramento). Esculpem-se cofres e florões para decoração de móveis, de maneira espontânea (Passo Fundo e Júlio de Castilhos).
No Rio Grane do Sul, há trabalhos de esculturas em pedra, destacando-se:
* Ivo Alves da Silva (69 anos), residindo em Santa Maria e que produz peças com temas regionais. Usa ferramentas rudimentares por ele fabricadas para talhar a pedra-arenito, procedente de Alegrete.
* Clotilde de Deus Silva (75 anos), interna no Asilo da Velhice de Uruguaiana que esculpe pedra Grês desde os seus 14 anos de idade. Produz figuras ântropo e zoomorfas usando ferramentas rudimentares como: serra de arco de barril, prego, faca, “ relo” de lata e azeite. A pedra procede de Alegrete e suas peças não são pintadas.
Pelo interior do Estado, encontram-se inúmeros “ canteiros”, que esculpem pedras para túmulos, lavrando florões, cruzes, anjinhos, etc.... (São Gabriel).
Porongos também são alvo da atividade artística folclórica. O gaúcho, que faz do mate sua principal bebida, conforme suas posses, procura obter cuia bem aparelhada, adornada com metal lavrado adredamente preparada.
Além do trabalho de ourivesaria, as cuias são passíveis trabalhos de pirogravura e de “ bordados” ou de entalhe.
Júlio Matte (70 anos), de São Borja dedica-se ao trabalho de entalhe em cuias. Utiliza porongo doce, desenhando sobre a superfície, motivos tais como: florais, cívicos, figuras de animais e humanas com ferramentas rudimentares (macete de madeira e inúmeras ponteiras feitas de prego caibral).
- Trabalhos com papel e tecido
- Floristas
A confecção de flores é considerada arte.
No interior do Rio Grande do Sul, as floristas, em sua maioria, dedicam-se à feitura de flores para coroas. Essas flores são feitas de papel ou de pano, tanto para ornamentação doméstica, quanto para túmulos. Para túmulos, as flores são geralmente parafinadas. Usam-se, também, flores de lata pintadas, mais duráveis.
O papel é, também utilizado como motivo de adorno em “ bicos” de prateleiras, guardanapinhos para envolver doces, desfiados e crespos para envolver balas, etc....
Para que haja bordado, é necessário que exista tecido de fundo sobre o qual o tecido se realiza. São incontáveis os pontos utilizados tradicionalmente.
A renda é um entre lançamento de fios que compõe um desenho sem que haja um fundo de tecido. Confeccionam-se rendas com agulhas ( comum, crochê, tricô), com navete, com bilros, etc... A rendaria mais comum, em nosso Estado, é a de crochê.
A passamanaria e o macramé são considerados arte de origem egípcia trazidos à Ibéria pelos árabes. É um trabalho de amarração de fios. As mais delicadas franjas do Rio Grande do Sul encontram-se em Bom Jesus, São Borja, São Luiz e Cachoeira do Sul.
3 - Artesanato
Alice Inês de Oliveira e Silva (1979) faz a seguinte distinção da seguinte distinção, quando fala em artesanato:
- Artesanato folclórico
- aprendizagem informal, dentro do grupo familiar ou de vizinhança;
- veicula uma tradição cultural de sua obra;
- funcional;
- caráter regional;
- aproveita, em geral, matéria prima disponível.
- Artesanato popularesco ou da Massa
- difundido por instituições ou veículos de comunicação de massa;
- não tem caráter regional;
- condicionado pela moda, pelos padrões da sociedade de consumo;
- massificado;
- Artesanato erudito
- criação individual;
- sofisticado;
- elitista.
Vários são os produtos artesanais:
- Cestaria
Segundo o “ Guia Prático de Antropologia”, a cestaria inclui não só os verdadeiros cestos mas, também, as caniçadas (tecidos de varas, canas, vimes, ou juncos em forma de superfície plana), as esteiras e os trançados decorativos. O trabalho de cestaria pode ser entretecido e em espiral.
Nossos indígenas já conheciam a técnica da cestaria. Os atuais artesãos juntaram à técnica indígena, as trazidas pelas outras raças, formadoras do povo brasileiro.
Os tipos de cestaria no Brasil variam tanto em razão da finalidade como em razão do material disponível. Para confecção da cestaria são empregados vegetais variados, tanto os talos, colmos, folhas como raízes.
Os vegetais mais empregados no Rio Grande do Sul, nesse tipo de artesanato, são: taquara, juncos de vários tipos, vime, jerivá, imbé, butiazeiro, bananeira, palha de trigo e milho, cipós, taboa, macega,...
Muitos vegetais fornecem apenas fibras têxteis com as quais se arrematam os trabalhos ou se fazem trançados, entre eles: pita, embira e tucum.
- Tecelagem
Segundo o “ Guia Prático de Antropologia”, ao ‘tecer’ entelaçam-se, em ângulos retos, duas séries de elementos flexíveis para formar um tecido mais ou menos compacto, de acordo com os materiais e processos empregados.
O tecido propriamente dito faz-se, geralmente, com os materiais macios e flexíveis. No Rio Grande do Sul o fio mais empregado na tecelagem folclórica é a lã, trabalhada em teares verticais ou horizontais. O tear vertical é o tipo mais usado na região da campanha e o horizontal sendo encontrado na região do litoral. Nesses teares (horizontal e vertical), são confeccionados cobertores, ponchos, bicharás, xergas e trapeiras.
- Trabalhos em couro
Segundo E. P. Coelho (s/d) ao “ artesanato de uso campeiro , na base de couro cru, dá-se o nome, de modo geral, de trabalho em ‘corda’. Guaspeiro é o apelido pelo qual é conhecido o homem do campo que se dedica a esse tipo de artesanato. São vários os ‘ pertences’ de uso campeiro, confeccionados com couro cru. Destacam-se, entre outros, as ‘cordas’ trançadas (rédeas, laços, cabrestos, ...), feitos de couro cavalar... São, também, utilizados o couro de cabra (chibo) para tranças delicadas e a pele de enguia (muçum) para revestimento de pequenos objetos”.
O couro serve como material de trabalho, tanto para o Guasqueiro como para o Seleiro.
O Guasqueiro confecciona: laços, manilhas, rédeas, cabeçadas, buçais, arreadores, rebenques, etc...
O seleiro confecciona: caronas, cinchas, lombilhos, selas, serigotes, bastos, badanas, arreiame para animal de tiro e até botas, surrões, rabichos e peiteiras.
O couro é aproveitado, igualmente, para tramas (assento de cadeiras, lastro de camas rústicas), para o retovo de cuias, baú, ... O homem rural, geralmente, aproveita o couro para fins utilitários.
- Trabalhos em madeira
Há uma grande variedade de objetos com função utilitária, feitos de madeira, com técnica rudimentar e tradicional: colheres, cochos, bancos, cabides, arcas, pilões...
Para a feitura de pilões e gamelas, alguns usam o processo da queima, outros empregam encho, formão e coiva.
As madeiras próprias para a confecção de gamelas são: timbaúva, figueira e a corticeira. Para a feitura do pilão são empregadas a cabriúva, o grapici e o angico.
- Funilaria
Formas moldes de bolachas, candieiros, canecas, ... São trabalhos executados pelos funileiros ou latoeiros. Os moldes de bolachas, no Rio Grande do Sul, aparecem na região de colonização alemã e apresentam os mais variados modelos, tanto em forma de objetos, flores, animais como da figura humana.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
1. ALMEIDA, Renato. Inteligência do folclore. Rio de Janeiro, Americana, 1974.
2. ARAÚJO, Alceu Maynard . Folclore nacional. São Paulo, Melhoramentos, 1964. v. 3.
3. CHRISTENSEN, E. O. Arte popular e folclore. Trad. de Sílvia de Salles Jatobá. Rio de Janeiro, Libador, 1965.
4. COELHO, Enyltho Paixão. Baú campeiro; artesanato em couro cru. Porto Alegre. Fundação Gaúcha do trabalho, s.d. ( Mão Gaúcha, v. 2).
5. CÔRTES, J.C. Paixão. O gaúcho, danças, traje, artesanato. Porto Alegre, Gatatuja, s.d.
6. LESSA, Barbosa. Introdução ao artesanato sul-rio-grandense. Porto Alegre, Fundação Gaúcha do trabalho, s.d. (Mão Gaúcha, vol. 1).
7. LIMA, Rossini Tavares de. Arte e artesanato. Polígrafo da Escola de Folclore. São Paulo, Museu do Folclore, 1976.
8. MAGALHÃES, M. M. Calvet. Arte popular em Portugal. Lisboa, Scarpa, s.d.
9. MARTINS, Raul. Arte e artesanato folclóricos. Brasília, 8º Congresso brasileiro de folclore, 1974. (Boletim nº 22).
10. MEIRELLES, Cecília. As Artes plásticas no Brasil; artes popularescos. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1968.
11. NASCIMENTO, Haydee. Cerâmica folclórica em Apiaí. Revista do Arquivo. Histórico de São Paulo, São Paulo, n. 186, separata.
12. RODRIGUES, Ana Augusta, Encontro de folclore; polígrafo . São Paulo, 1972.
13. SCHEUER, Herta Loell. Estudo da cerâmica popular do estado de São Paulo. São Paulo, Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia. Conselho Estadual de Cultura, 1976. (Folclore, 3).
14. SILVIA, Alice Inês de Oliveira e. Artesanato. Revista do Folclore do Paraná, Curitiba, 1979.
Elaboração: Lílian Argentina Braga Marques
Colaboração: Nora Cecília Lima Bocaccio Cinel
Assinar:
Postagens (Atom)