quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Círculo dos 99


Parece uma historinha boba, mas leia e veja se você não está nesse esquema...
É bom pensar e evitar cair nesse raciocínio!!!

Era uma vez um Rei muito triste; que tinha um pajem, que como todo pajem de um Rei triste, era muito feliz...
Todas as manhãs, o pajem chegava com o desjejum do seu Amo, sempre rindo e cantarolando alegres canções...
O sorriso sempre desenhado em seu rosto, e a atitude para com a vida sempre serena e alegre...
Um dia o Rei mandou chamá-lo:
- Pajem - disse o Rei - qual é o seu segredo?
- Qual segredo, Alteza?
- Qual o segredo da tua alegria?
- Não existe nenhum segredo, Majestade...
- Não minta, pajem... bem sabes que já mandei cortar muitas cabeças por ofensas menores do que a sua mentira!
- Mas não estou mentindo! Não guardo nenhum segredo.
- E por que estás sempre alegre e feliz?
- Majestade, eu não tenho razões para estar triste: muito me honra servir a Vossa Alteza, tenho minha esposa e meus filhos e vivemos na casa que a Corte nos concedeu; somos vestidos e alimentados, e sempre recebo algumas moedas de prata para satisfazer alguns gostos.... Como não estar feliz?
- Se você não me disser agora mesmo qual é o seu segredo, mandarei decapitá-lo - disse o Rei - Ninguém pode ser feliz por essas razões que você me deu!
- Mas Majestade, não há nenhum segredo... Nada me satisfaria mais do que sanar a vossa curiosidade, mas realmente não há nada que eu esteja escondendo.
- Vá embora daqui antes que eu chame os guardas.
O pajem sorriu, fez a habitual reverência e deixou o Rei em seus pensamentos.
O Rei estava como louco. Não podia entender como o pajem poderia ser feliz vivendo em uma casa que não lhe pertencia, usando roupas de terceira mão e se alimentando dos restos dos cortesãos.
Quando se acalmou mandou chamar o mais sábio de seus conselheiros, e lhe contou a conversa que tivera com o pajem pela manhã.
- Sábio, por que ele é feliz?
- Ah, Majestade! O que acontece é que ele está fora do Círculo...
- Fora do Círculo?
- Sim.
- E é isso o que faz dele uma pessoa feliz?
- Não, Majestade. Isso é o que não o faz infeliz...
- Vejamos se entendo: estar no Círculo sempre nos faz infelizes?
- Exato.
- E como ele saiu desse tal Círculo?
- Ele nunca entrou.
- Nunca entrou? Mas que Círculo é esse?
- É o Círculo dos 99...
- Realmente não entendo nada do que você me diz.
- A única maneira para que Vossa Alteza entenda seria mostrando pelos fatos.
- Como?
- Fazendo com que ele entre no Círculo.
- Isso! Então o obrigarei a entrar!
- Não, Alteza, ninguém pode ser obrigado a entrar...
- Então teremos que enganá-lo.
- Não será necessário... se lhe dermos a oportunidade, ele entrará por si mesmo.
- Por si mesmo? Mas ele não notará que isso acarretará sua infelicidade?
- Sim, mas mesmo assim entrará... Não poderá evitar!
- Me diz que ele saberá que isso será o passo para a infelicidade e que mesmo assim entrará?
- Sim. O senhor está disposto a perder um excelente pajem para compreender a estrutura do Círculo?
- Sim.
- Então nesta noite passarei a buscar-lhe. Deves ter preparada uma bolsa de couro com 99 moedas de ouro. Mas devem ser exatas 99, nem uma a mais, nem uma a menos.
- O que mais? Devo levar escolta para proteger-nos?
- Nada mais do que a bolsa de couro, Majestade...
- Então vá. Vemos-nos à noite
Assim foi...
Nessa noite o sábio buscou o Rei e juntos foram até os pátios do Palácio. Esconderam-se próximo à casa do pajem e lá aguardaram o primeiro sinal.
Quando dentro da casa se acendeu a primeira vela, o sábio pegou a bolsa de couro e junto a ela atou um papel que dizia as seguintes palavras: "Este tesouro é teu. É o prêmio por seres um bom homem. Aproveite e não conte a ninguém como encontrou esta bolsa".
Logo deixou a bolsa com o bilhete na porta da pajem. Golpeou-a uma vez e correu para esconder-se. Quando o pajem abriu a porta, o sábio e o Rei espiavam por entre as árvores para verem o que aconteceria. O pajem viu o embrulho à sua porta, olhou para os lados, leu o papel, agitou a bolsa e, ao escutar o som metálico, estremeceu dos pés à cabeça, apertou a bolsa contra o peito e rapidamente entrou em sua casa.
O Rei e o sábio se aproximaram então da janela para presenciar a cena.
O pajem havia despejado todo o conteúdo da bolsa sobre a mesa, deixando somente a vela para iluminar. Havia se sentado e seus olhos não podiam crer no que estavam vendo...
Era uma montanha de moedas de ouro!
Ele, que nunca havia tocado em uma dessas, de repente tinha um monte delas...
Ele as tocava e amontoava, acariciava e fazia brilhar à luz da vela. Juntava e esparramava, fazendo pilhas...
E assim, brincando, começou a fazer pilhas de 10 moedas. Uma, duas, três, 4, 5.... e enquanto isso somava 10, 20, 30, 40, 50... até que formou a última pilha... 99 moedas?
Seu olhar percorreu a mesa primeiro, buscando uma moeda a mais, logo o chão e finalmente a bolsa. "Não pode ser" – pensou.
Pôs a última pilha ao lado das outras nove e notou que realmente esta era mais baixa.
- Me roubaram! Me roubaram – gritou.
Uma vez mais procurou por todos os cantos, mas não encontrou o que achava estar faltando....
Sobre a mesa, como que zombando dele, uma montanha resplandecia e lhe fazia lembrar que haviam SOMENTE 99 moedas. "99 moedas... é muito dinheiro" - pensou -
"Mas falta uma... Noventa e nove não é um número completo. 100 é, mas 99 não..."
O Rei e o sábio espiavam pela janela e viam que a cara do pajem já não era mais a mesma: ele estava com as sobrancelhas franzidas, a testa enrugada, os olhos pequenos e o olhar perdido... sua boca era uma enorme fenda, por onde apareciam os dentes que rangiam...
O pajem guardou as moedas na bolsa, jogou o papel na lareira e olhando para todos os lados e constatar que ninguém havia presenciado a cena, escondeu a bolsa por entre a lenha. Pegou papel e pena e sentou-se a calcular. Quanto tempo teria que economizar para poder obter a moeda de número 100?
O tempo todo o pajem falava em voz alta, sozinho... Estava disposto a trabalhar duro até conseguir. Depois, quem sabe, não precisaria mais trabalhar... com 100 moedas de ouro ninguém precisa trabalhar.
Finalizou os cálculos. Se trabalhasse e economizasse seu salário e mais algum extra que recebesse, em 11 ou 12 anos conseguiria o necessário para comprar a última moeda.
" Mas 12 anos é tempo demais... Se eu pedisse à minha esposa que procurasse um emprego no vilarejo, e se eu mesmo trabalhasse à noite, em 7 anos conseguiríamos" - concluiu depois de refazer os cálculos.
"Mesmo sendo muito tempo, é isso o que teremos que fazer..."
O Rei e o sábio voltaram ao Palácio.
Finalmente o pajem havia entrado para o Círculo dos 99!!!
Durante os meses seguintes, o pajem seguiu seus planos conforme havia decidido naquela noite.
Numa manhã, entrou nos aposentos reais com passos fortes, batendo nas portas, rangendo dentes e bufando com todo o mau humor típico dos últimos tempos...
- O que lhe acontece, pajem? - perguntou o Rei de bom grado.
- Nada, não acontece nada...
- Antigamente, não faz muito, você ria e cantava o tempo todo...
- Faço ou não o meu trabalho? O que Vossa Alteza esperava? Que além de pajem sou obrigado a estar sempre bem porque assim o deseja?
Não se passou muito e o Rei despediu o seu pajem, afinal, não era nada agradável para um Rei triste ter um pajem mal humorado o tempo todo!

Você, Eu e todos ao redor fomos educados nessa psicologia: Sempre falta algo para estarmos completos. E somente completos podemos gozar do que temos.
Portanto, nos ensinaram que a Felicidade deve esperar até estar completa com aquilo que falta. E como sempre falta algo, a ideia volta ao início e nunca se pode desfrutar plenamente da vida... Mas, o que aconteceria se a iluminação chegasse às nossas vidas e nos déssemos conta, assim, de repente, que nossas 99 moedas são os nossos 100% ?
Que nada nos faz falta?
Que ninguém tomou aquilo que é nosso?
Que não se é mais feliz por ter 100 e não 99 moedas?
Que tudo é uma armadilha posta à nossa frente para que estejamos sempre cansados, mal humorados, desanimados, infelizes?
Uma armadilha que nos faz empurrar cada vez mais e ainda assim tudo continue igual... eternamente iguais e insatisfeitos....
Quantas coisas mudariam se pudéssemos desfrutar de nosso tesouro tal como é!!!
Se este é o seu problema, a solução para sua vida está em saber valorizar o que você tem ao seu redor, e não lamentar-se por aquilo que não tem ou que poderia ter...

(Autor Desconhecido)

sábado, 14 de abril de 2012

A Língua e suas variedades


A LíNGUA E SUAS VARIEDADES

Uma língua não é falada de maneira idêntica pelos seus usuários. Não sendo uniforme, podemos observar inúmeras variações se compararmos, por exemplo, a expressão de gaúchos, pernambucanos, cariocas, mineiros e paulistas. Essas variações são, entre outras, principalmente de natureza fonética (o que chamamos de sotaque), lexicais (emprego de palavras e expressões próprias) e sintáticas (ordem das palavras na oração, regência, concordância, etc.)
Além das variações regionais, a língua varia conforme a época, a classe social, o nível de instrução, a faixa etária, a situação de comunicação, etc.

Portanto as variações linguísticas são decorrentes:
a) Do falante: variedades relacionadas à região onde se nasce, ao meio social em que se é criado ou se vive, à profissão que se exerce, à faixa etária e ao momento histórico.
b) Da situação: variedades que ocorrem em função do interlocutor, do tipo de mensagem e do momento ou contexto.

Um advogado, por exemplo, faz diferentes usos da língua ao conversar com um colega de profissão, ao dirigir-se a um juiz no tribunal, ao redigir um bilhete para a secretária ou os argumentos de defesa de um réu. A esses tipos de variedades dá-se o nome de registros.

Tanto na linguagem oral quanto na linguagem escrita, podemos observar diversos graus de formalidade, do mais informal ao mais formal.
Estou preocupado. (norma culta)
Tô preocupado. (língua popular, coloquial)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)

Não é a mesma coisa falar para dezenas de pessoas em um auditório e contar algo a um amigo. Tampouco é a mesma coisa falar com um irmão e falar com o prefeito da cidade. Cada um desses momentos é uma situação comunicativa diferente. Variam não só as pessoas, mas o lugar, o momento, o(s) receptor(es), as relações afetivas e o tema do qual se fala (a partida de futebol, a suspensão do aluno, etc.)

Registro é como chamamos a variante linguística condicionada pelo grau de formalidade existente na situação em que se dá o ato da fala, ou da finalidade, no ato da escrita.

Observe diferentes registros:
O professor, seguidor fiel dos regulamentos, não permitirá nenhum desvio de conduta dos alunos. (formal)
O professor é rigoroso e não vai permitir nenhuma desordem dos alunos. (informal)
O professor é ligadão na disciplina e não vai dar colher de chá aos alunos. (muito informal)

Gíria , jargão e calão
A gíria e o jargão são códigos linguísticos próprios de um grupo sociocultural ou profissional, com vocabulário especial, difícil de compreender ou incompreensível para os não-iniciados. Um médico ao explicar um procedimento cirúrgico, um economista ao explicar a desvalorização da moeda ou um advogado ao explicar procedimentos e argumentações jurídicas empregam jargões próprios da sua profissão. Marginais do tráfico de drogas, surfistas, grupos de rap e policiais, por exemplo, empregam gírias que os identificam e contribuem para a coesão do grupo. As fronteiras entre a gíria e o jargão não são, algumas vezes, bem delimitadas.

Linguagem Técnica: Você está com escabiose.
Linguagem coloquial: Ex.: Você está com sarna.

O calão (ou baixo calão) é uma realização linguística caracterizada pelo uso de termos baixos, grosseiros ou obscenos, que, dependendo do contexto, muitas vezes chocam a falta de decoro e desvalorizam socialmente aqueles que o empregam.

As variedades linguísticas
Qualquer criança aprende a usar uma língua de forma rápida, espontânea e inconsciente. Portanto, o uso oral da língua independe de qualquer escolarização. Entretanto, essa capacidade se restringe a situações informais do cotidiano. O papel da escola é transmitir padrões referentes ao uso da escrita e da fala em situações formais, sem esquecer, contudo, as variedades históricas, regionais, sociais e outras, como as condicionadas pelo grau de escolaridade, pela faixa etária, pelo momento, pela situação, etc.
Esse padrões referem-se ao uso da norma de maior prestígio sociocultural, isto é, a norma culta ou norma padrão.

Culta ou padrão é a língua veiculada nos dicionários, nas gramáticas, nos textos literários, técnico-científicos e jornalísticos, e na redação dos documentos oficiais do país.

Portanto, não se pode usar exclusivamente a língua escrita com finalidades de criação literária como modelo de língua padrão. Além disso, seria mais apropriado falarmos em variedades cultas, já que um brasileiro culto nascido e criado em uma região não vai falar exatamente igual a um brasileiro culto nascido e criado em outra. Além disso, outras diferenças, como a faixa etária ou a profissão, por exemplo, podem determinar outras características.

O preconceito linguístico
Afirmar que alguém não sabe falar corretamente porque não utiliza a variedade de maior prestígio é desconhecer a diversidade linguística brasileira. O que se pode questionar é a adequação da fala à situação de comunicação. Os membros das variadas comunidades linguísticas, distribuídas por regiões ou grupos sociais, comunicam-se e são compreendidos utilizando a norma da sua comunidade.

Para que se possa ensinar a variedade de maior prestígio, é fundamental que a escola respeite a modalidade de língua que cada um trouxe de sua comunidade, e que permanecerá utilizando em seu meio social.

Por que estudar a língua padrão?
A variedade da língua que você fala não é a mesma que é ensinada na escola. É dever da escola ensinar a norma culta, empregada em situações formais. Por ser a mais valorizada socialmente, o domínio da norma culta é fundamental para a vida profissional, a ascensão social, a participação na vida político-social e cultural do país, o desenvolvimento do pensamento abstrato e a compreensão dos variados tipos de textos.

A língua padrão deve ser considerada como um recurso a mais. O seu professor não segue rigorosamente em sua própria fala a gramática que ele ensina. Além disso, a língua está em constante mutação e muitas regras gramaticais exigidas em concursos, prescritas nas gramáticas, em programas de televisão ou artigos de jornais estão defasadas e já não seguidas pela maioria dos falantes cultos.

Infelizmente, os vestibulares tradicionais tratam as variantes linguísticas quase sempre sob o ponto de vista do “certo” e do “errado”, considerando que o falar “correto” é apenas aquele que segue as normas da linguagem culta e formal. Os vestibulares inovadores e as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) exploram as variantes linguísticas com mais inteligência, observando a sua expressividade, as intenções de caracterização de personagens e situações, os efeitos humorísticos etc.
Imagem: https://mscamp.wordpress.com/files/2008/10/variedade-linguistica11.jpg

Números Romanos


Uso dos números romanos


Atualmente, os números romanos estão em desuso, inclusive nos relógios não digitais. As escolas não ensinam mais a sua leitura, pois no mundo informatizado não há espaço para eles.
O Manual do Estadão recomenda que se usem os romanos apenas em nomes de reis, papas e nas transcrições de leis: "Parágrafo 4.º -IV – a inelegibilidade de que trata esse parágrafo...". Nos demais casos, como séculos, capítulos, guerras, governos, planos, projetos, usinas, naves espaciais, zonas, distritos, regiões, festas, feiras, congressos, conferências, simpósios, competições esportivas, usar algarismos arábicos mesmo.
As regras usuais na numeração romana usual foram:
1. Os símbolos básicos: I (um), X (dez), C (cem), M (mil), com os valores intermédios V (cinco), L (cinqüenta) e D (quinhentos). Valores acima de mil são representados por traços horizontais em cima das letras. Veja exemplo no quadro abaixo.
2. Os símbolos não são repetidos mais do que três vezes. De 1 a 5: I, II, III, IV. De dez a 50: X, XX, XXX, XL. De 100 a 500: C, CC, CCC, CD. Assim por diante.
Veja alguns números:
I – 1, II – 2, III – 3, IV – 4, V – 5, VI – 6, VII – 7, VIII – 8, IX – 9, X – 10, XI – 11, XIX – 19, XX – 20, XXX – 30, XL – 40, L – 50, LX – 60, XC – 90, C – 100, CC – 200, CD – 400, D – 500.

(Manual de Redação do Estadão)
http://pesprojetoseducacionais.com.br/pes/wp-content/uploads/2014/04/numero-romano.jpg

Palavras Estrangeiras Aportuguesadas


Palavras estrangeiras
(aportuguesadas)


Abajur (do francês) – quebra-luz
Álibi (do latim) - noutro lugar.
Ateliê (do fr.) – oficina
Baguete (do fr.) – tipo de pão
Bangalô (do inglês) - casa residencial com arquitetura do bangalô indiano.
Basquetebol (do inglês) – jogo ao cesto.
Batom (do fr.) – lápis para pintar os lábios
Bege (do fr.) – cor parda
Bibelô (do fr.) – adorno
Bidê (do fr.) – aparelho sanitário de banheiro
Bifê (do fr.) - mesa com refeição para reuniões
Bife (do inglês) – fatia de carne
Bijuteria (do fr.) – adorno
Biquíni (ilhota do Pacífico, Bikini) - veste para banho
Birô (do fr.) - mesa de escrever
Bistrô (do fr.) – restaurante pequeno e aconchegante
Blecaute (do inglês) – escurecimento
Boate (do fr.) – casa noturna
Bói (do inglês) – garoto de recado, contínuo
Boxe (do inglês) – pugilismo
Brevê (do fr.) - diploma, certificado de aviador.
Bulevar (do fr.) - rua larga, avenida
Buquê (do fr.) – ramalhete
Capô (do fr.) – capuz de motor de veículo
Carrossel (do fr.) – rodízio em cavalos, cadeiras, etc.
Cassetete (do fr.) – cacete curto de madeira ou borracha usado por policiais.
CD (do inglês) – compact disc – coletânea de músicas gravadas num disco.
Champanha (do fr.) – vinho branco espumante. Gênero masculino.
Chassi (do fr.) – carroceria de veículo
Chiclete/ Chicle – (do inglês) – goma de mascar
Chique (do fr.) – elegante
Chofer (do fr.) - motorista
Clichê (do fr.) - fotogravura
Clipe (do inglês) – grampo para prender papéis
Comitê (do fr.) – comissão, delegação
Complô (do fr.) – conspiração
Conhaque (do fr.) – aguardente de vinho
Coquetel (do fr.) – mistura de várias bebidas alcoólicas
Croquete (do fr.) – bolinho de carne
Croqui (do fr.) – esboço
Cupom (do fr.) – obrigação ao portador
Debênture (do inglês) – título de dívida amortizável
Debutar (do fr.) – estrear
Debute (do fr.) – estréia
Decolagem (do fr.) – levantamento do avião
Escore (do inglês) – resultado de uma partida esportiva
Esporte (do inglês) – conjunto de exercícios físicos
Esqui (do dinamarquês) – Tábua que serve para deslizar sobre a neve
Estêncil (do inglês) – papel multiplicador de cópias
Estresse (do inglês) – cansaço
Flerte (do inglês) – namoro ligeiro.
Folclore (do inglês) – costumes e artes conservadas pelo povo
Fórceps (do inglês) - boticão usado para retirar crianças do útero da mãe
Guichê (do fr.) – pequena janela por onde se atende o público
Habituê (do fr.) – freqüentador certo
Jérsei (do inglês) – tecido de malha de algodão, seda ou lã
Locaute (do inglês) – greve de empregadores
Maiô (do fr.) – traje de banho
Manicura (do fr.) - profissional do tratamento de unhas. A forma francesa manicure é mais usada por populares.
Manicuro (do fr.) – masculino de manicura. A forma francesa manicure é mais usada por populares.
Menu (do fr.) – cardápio.
Metrô (do fr.) – abreviatura de metropolitano. Estrada de ferro subterrânea e urbana
Náilon (do inglês) – fibra têxtil sintética
Nocaute (do inglês) – termo usado em luta de boxe.
Omelete (do fr.) – fritada de ovos. Palavra do gênero feminino
Piquenique (do inglês) – pequena excursão
Piquete (do fr.) – pequeno grupo promotor de greve
Pulôver (do inglês) – agasalho de malha, sem mangas.
Purê (do fr.) – preparado de batatas
Rali (do inglês) – competição automobilística
Recorde (do inglês) – a melhor atuação esportiva. Pronúncia: palavra paroxítona, sílaba forte é COR.
Repórter (do inglês) – jornalista, profissional da notícia
Relé (do fr.) – dispositivo que liga determinados circuitos automaticamente
Réveillon (do fr.) – festa de véspera do Ano Novo. Não foi aportuguesada
Socaite (do inglês) – grã-finagem
Suéter (do inglês) - agasalho fechado
Sutiã (do fr.) – peça feminina para apoiar os seios
Teste (do inglês) – exame, prova
Time (do inglês) – conjunto de jogadores
Tique (do fr.) – trejeito
Toalete (do fr.) – vestuário
Treiler (do inglês) – carro rebocado por veículo motorizado
Turnê (do fr.) – viagem programada, com roteiro certo
Voleibol (do inglês) – esporte no qual se usa a mão. Forma abreviada: vôlei.
(Do livro O português nosso de cada dia – Vicente de Paulo Sampaio e Rosimir Espíndola Sampaio – Editora LTR, São Paulo, 2003, com muitas adaptações.)

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Arcaísmo

O que é arcaísmo?
Há, na Língua Portuguesa, várias expressões e construções sintáticas que, embora comuns no passado, deixaram de participar da norma atual. Elas se constituem em arcaísmos linguísticos.
Essas expressões — por comprometerem a clareza e atribuírem, ao texto, um tom excessivamente precioso e pedante — devem ser evitadas, sempre que possível.

Arcaísmos léxicos: palavras em desuso.
Alcaide: prefeito
Ceroula: cueca
Nosocômio: hospital
Outrossim: também
Hum: um
Soer: acostumar
Cincoenta: cinquenta

Os arcaísmos são encontrados no Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque Ferreira de Holanda, mas isso não implica que ele possa ser usado. Há arcaísmos que têm apenas usos regionais, como:

Apalermado: bobo, idiota
Copiar: alpendre, vestíbulo
Magote: grande quantidade
Arcaísmos sintáticos

São construções que se usaram, mas que foram abandonadas atualmente. Exemplos:

a) quando uma palavra de sentido negativo precedia o verbo, não se omitia o advérbio de negação: "Nenhum não veio";
b) "ambos os dois" hoje condenado, tido como pleonasmo vicioso, já foi no passado uma expressão correta.
A mesóclise (far-se-á), o pretérito mais-que-perfeito (amara, bebera, partira) e o uso de algarismos romanos (século XXI) estão se tornando arcaísmos também.
Estender e extensão
"Estender" se escreve com "s" e que "extensão" se escreve com "x", embora ambas as palavras tenham a mesma origem, ou seja, o mesmo radical latino, que é com "x": "extendere" e "extensione".
Trata-se de uma explicação histórica, segundo o professor Odilon Soares Leme, da Rádio Jovem Pan. "Estender" entrou para o léxico português no século 13, vindo do latim vulgar. Ora, naquela época, já no latim vulgar, o "x" tinha-se tornado "s" antes de consoante. Então, "estender" já entrou com "s" e foi mantido assim, mesmo em palavras derivadas desse verbo como estendível, estendedor, estendedouro, estendal.
Já o substantivo "extensão" entrou para o léxico português bem mais tarde, e só aparece em dicionário no século 18, tendo ido buscar a forma do latim clássico, "extensione", da qual manteve o "x", que foi mantido também em extenso, extensivo, extensível, extensibilidade...

Neologismo


No reino das novas palavras

Neologismos com Carlos Drummond de Andrade


“Quero que todos os dias do ano, todos os dias da vida, de meia em meia hora,
de 5 em 5 minutos me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo, creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior e no seguinte, como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão que me amas, que me amas, que me amas.

Do contrário evapora-se a amação, pois ao não dizer “eu te amo”,
desmentes, apagas teu amor por mim...”.
(Quero/Carlos Drummond de Andrade)


Drummond foi um poeta da segunda parte do Modernismo. Entretanto, não há muitos traços das características deste período em suas obras. Período este que se iniciou com a Semana da Arte Moderna em 1922 estendendo-se até 1945. Nota-se que Drummond falava muito sobre a vida cotidiana e há fortes traços de individualismo em suas palavras.
Mas, vamos atentar para a palavra que ele utiliza para intensificar a ação do muito amar, ou seja, a “amação”.
Drummond realizou a junção de dois termos já existentes em nossa língua, ou seja, o verbo amar com o sufixo “ão” que intensifica as palavras em que estão inseridos.
Tais junções e/ou alterações ocorrem porque ao longo do tempo toda Língua passa por modificações. Isto se justifica pela necessidade que temos estabelecer contínua comunicação, principalmente frente aos avanços tecnológicos e as constantes descobertas no campo científico.
A estas alterações atribuímos o nome de Neologismo.

Observe estas palavras de Manuel Bandeira:

“... Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras que traduzem a ternura mais funda e mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora”. (Neologismo)

Sendo assim, afirmamos que neologismo é o:

“Uso de palavra ou expressão nova, com base em léxico, semântica e sintaxe preexistentes, na mesma língua ou em outra; Qualquer palavra ou expressão resultante desse processo”. (Aulete – Dicionário Virtual)

Veja também estas palavras de Drummond:

“Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?
Amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? Sempre, e até de olhos vidrados, amar?”(Amar)
No caso, Drummond realiza a junção do verbo amar e o advérbio de modo “mal”.
Há várias formas de neologismos, entre eles os literários, os científicos, os técnicos, os populares, os completos e incompletos e os que provêm de palavras estrangeiras. Considera-se que as constantes descobertas tecnológicas são uma dos principais motivos para a inserção de novos termos em nossa Língua.

Para concluir, veja estes exemplos de neologismos populares e note quantas vezes os utilizamos no decorrer dos nossos dias:
Prensadão (Cachorro quente), gato (Ligação clandestina de eletricidade), laranja (Falso proprietário), picareta (Indivíduo de má índole).
Fontes: http://enemnota100.blogspot.com/2008/03/neologismo.html , http://www.webletras.com.br/musica/carlos-drummond-de-andrade/amar
http://conceptodefinicion.de/wp-content/uploads/2014/06/neologisto.jpg

Figuras de Linguagem


FIGURAS DE LINGUAGEM

É o recurso utilizado para realçar uma ideia.
As figuras ocorrem com mais frequência nas obras literárias, mas aparecem também na propaganda, na gíria, na imprensa, na música popular...

PRINCIPAIS FIGURAS DE LINGUAGEM:

1. COMPARAÇÃO: Aquele garoto é disciplinado como um relógio.
Nesta frase, o autor aproximou duas coisas diferentes (garoto e relógio), tornando-as equivalentes. O autor da frase viu uma semelhança entre a disciplina do garoto e o funcionamento de um relógio.
A comparação, portanto, consiste em tornar equivalentes coisas diferentes, para realçar uma possível semelhança entre elas.

2. METÁFORA: Papai é um leão quando joga futebol.
A metáfora é parecida com a comparação. Na verdade é uma comparação direta.

3. METONÍMIA: A cidade inteira chorou a morte do artista.
Neste caso, quem chorou foram os habitantes da cidade. Nesse caso, substitui-se um termo (habitantes) por outro (cidade).

4. ALITERAÇÃO: Era apenas o frágil e feio e aflito Flicts.
É a utilização de palavras com fonemas iguais ou semelhantes, próximas umas das outras.

5. ANTÍTESE: A injustiça o matou porque ele queria justiça.
Consiste em colocar ideias opostas lado a lado, com a finalidade de torná-las mais evidentes.

6. CATACRESE: O pé da mesa está quebrado.
Muitas vezes no vocabulário da língua falta uma palavra específica para dar nome a alguma coisa ou a algum fato. Neste caso só há duas opções: ou se cria uma palavra nova ou se aproveita uma palavra já existente na língua. A catacrese ocorre no segundo caso, ou seja, quando se usa uma palavra de sentido figurado por falta de outra mais específica para dar nome a algo que precisa de designação.

7. GRADAÇÃO: Ela quase estourou de raiva. Tremeu, bufou, enxergou vermelho.
É uma sequência de ideias expostas em ordem crescente ou decrescente de intensidade.

8. EUFEMISMO: O pobre homem entregou a alma a Deus.
Consiste em expressar, de forma suave e polida, alguma ideia considerada desagradável, cruel, imoral, ofensiva, chocante.

9. HIPÉRBOLE: A senhora já contou isso mais de cem vezes.
É o emprego proposital de uma expressão exagerada.

10. PERSONIFICAÇÃO: Vieram os ventos do oceano / Roubadores de navios...
Consiste em atribuir vida, ação, movimento, voz a seres inanimados ou abstratos.

Fonte Imagem: http://image.slidesharecdn.com/figurasdelinguagemexerccio-120323171002-phpapp01/95/figuras-de-linguagem-exerccio-1-728.jpg?cb=1332523080

Concordância Nominal

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância nominal é a que se faz, em gênero e número, entre o artigo, o pronome, o numeral ou o adjetivo e o substantivo a que se referem.
A concordância do adjetivo com o substantivo pode, em alguns casos, trazer dúvidas. Por isso, devemos conhecer algumas regras:

REGRAS GERAIS

1. Concordância do adjetivo com um só substantivo:
O adjetivo concorda com o substantivo em gênero e número.
Recebi um bom livro. – Recebi bons livros.
Realizou uma obra magnífica. – Realizou belas obras.

2. Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos:
O adjetivo concorda, por norma, com o substantivo mais próximo.
Seu trabalho revelou-nos raro talento e beleza.
Seu trabalho revelou-nos rara beleza e talento.

3. Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos:
Nesse caso há duas construções possíveis: concorda com o mais próximo, ou vai para o plural, prevalecendo, então, o masculino.
Recebeu um elogio e uma promoção merecida.
Recebeu um elogio e uma promoção merecidos.

4. Dois ou mais adjetivos com um substantivo:
Nesse caso, também há duas construções possíveis: permanecerá no singular se houver repetição do artigo. Se não, irá para o plural juntamente com o artigo que o antecede.
Suportou a pressão externa e a interna.
Suportou as pressões interna e externa.

CASOS PARTICULARES

As expressões anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio, quite, junto, leso e meio concordam com a palavra a que se referem.

Anexo
As certidões vão anexas ao requerimento.
Os gráficos vão anexos ao relatório.
Observação: Precedido da preposição em, fica invariável:
Em anexo, seguem as faturas.

Incluso
Remeto-lhes, inclusas, as faturas.
Remeto-lhes, inclusos, os documentos.

Obrigado
A moça disse: muito obrigada!
O rapaz disse: muito obrigado!

Mesmo
Ele mesmo fará os convites.
Ela mesma fará os convites.
Observação:Quando significa de fato, realmente, é invariável:
Ele fará mesmo parte da banca examinadora.

Próprio
Ele próprio expedirá a correspondência.
Ela própria expedirá a correspondência.

Meio
Compramos meio quilo de soja.
Serviu-nos meia porção de arroz.
Observação:Meio, advérbio, é invariável:
Encontrei-a meio triste.
Eles estavam meio nervosos.

Quite
Estou quite com o Serviço Militar.
Estamos quites com o Serviço Militar
Observação: Com o sentido de igualmente pago, igualado, o adjetivo quite vai para o plural: Estamos quites!

Junto
Remeto-lhes, juntas, as faturas.
Remeto-lhes juntos, os documentos.
Observação: Junto funcionando como advérbio (= juntamente), ou compondo locução prepositiva (junto com, junto de), é invariável:
Junto, remeto-lhes as certidões.
As certidões seguem junto com os requerimentos.

Leso Cometeu um crime de leso-patriotismo.
Foi um crime de lesa-majestade.

OUTROS CASOS

Possível Com a expressão o mais...possível, deve-se fazer a variação de acordo com o artigo que o encabeça. Vencia obstáculos o mais difíceis possível.
Vencia obstáculos os mais difíceis possíveis.
Alerta, menos São sempre invariáveis. Os soldados estavam alerta.
Há menos convidados do que prevíamos.

É proibido,
é bom,
é necessário,
é preciso, etc...
Essas expressões, quando se referem a palavras desacompanhadas de determinantes, tomadas, portanto, em sua generalidade, ficam invariáveis.

Porém, se a palavra estiver acompanhada de determinante, com ela devem concordar. É proibido entrada.
Cerveja é bom.
Coragem é necessário.
É proibida a entrada.
Esta cerveja é boa.
A coragem é necessária.


VALOR ADJETIVO OU ADVERBIAL

Há palavras que funcionam ora com valor adjetivo, ora com valor adverbial.

Conversamos bastantes (muitas) vezes a este respeito. = pronome adjetivo
Os alunos sabem bastante (muito) esta lição. = advérbio
Os alunos são bastante (muito) estudiosos. = advérbio

Estes automóveis custam caro. = advérbio
Os automóveis estão caros. = adjetivo

As laranjas custam barato. = advérbio
Prefiro os produtos baratos. = adjetivo


CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA: SILÉPSE

A) Silépse de gênero: Aquela criancinha, longe de ser agitado, era bastante alegre.
Observe que agitado está na forma masculina, mesmo sendo feminino o substantivo criança. nesse caso, agitado concordou com o sexo da criança em questão.

B) Silépse de número: Essa gente não terá vindo? Parece que não. já saíram há um bom tempo.
Observe que saíram está no plural, concordando com a ideia coletiva de gente.

C) Silépse de pessoa: Dizem que os cariocas somos avessos aos dias nublados.
A concordância normal levaria o verbo para a 3º pessoa do plural (os cariocas são...) O falante, por incluir-se entre os cariocas, preferiu a 1º pessoa do plural (eles + eu = nós...somos).

Cuidado com os vícios de linguagem!

Alguns vícios de linguagem que aparecem nos texos...

1. Um vício bastante comum encontrado num texto é o emprego abusivo de pronomes retos.
Observe o exemplo:
“Quando eu cheguei a casa do meu amigo, eu disse a ele de que eu gostaria de que ele me ajudasse num projeto que eu estava elaborando.”

Observe a correção:
Quando cheguei a casa de meu amigo, disse a ele que gostaria de que me ajudasse num projeto que estava elaborando.

2. Outro vício muito comum que pode ser encontrado num texto é o emprego abusivo das conjunções coordenativas e, aí, mas aí, então, mas então...

Observe o exemplo:

“Então ele decidiu mudar de apartamento. Mas aí surgiu a possibilidade de um emprego em São Paulo. Aí ele resolveu esperar para ver ser o emprego sairia mesmo. Mas aí o emprego não saiu. Aí então ele resolveu procurar outro lugar para morar.”

A esse tipo de frase dá-se o nome de “frase arrastão”. Trata-se de uma série de orações independentes curtas e ligadas por conectivos coordenativos pouco variados.

Uma variante desse tipo de frase é a “frase ladainha”, também monótona e cansativa pelo excesso da conjunção “e”.


Observe o exemplo:

“E se o homem não se preocupar com as reservas de petróleo, e se o homem não incrementar a produção de alimentos, e se o crescimento populacional continuar desenfreado e as tensões sociais aumentarem demasiadamente e não tivermos meios de satisfazermos as necessidades dos povos...”

3. O uso abusivo do “que”, pronome ou conjunção é mais um vício de linguagem a evitar.
Observe o exemplo:
“Creio que o que talvez seja ainda pior é que a inflação que assola o nosso país e que diminuiu o poder de compra do povo é que ela se faz acompanhar de uma corrupção moral que devora o cerne da sociedade.”

Texto melhorado:
O que talvez seja ainda pior, creio, é que a inflação que assola nosso país, diminuindo o poder de compra do povo, faz-se acompanhar de uma corrupção moral que devora o cerne da sociedade.

Gêneros Textuais

Tipologia e Gêneros Textuais

Quando falamos em tipos de textos, normalmente nos limitamos a tripartição, sob o enfoque tradicional: Descrição, Narração e Dissertação.
Vamos um pouco mais além no intuito de conhecer
um pouco mais sobre este assunto.


TEXTO DESCRITIVO
A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa, animal, objeto ou lugar. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de detalhes.
A descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. É uma estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade.
Quanto à descrição de pessoas, podemos atribuir-lhes características físicas ou psicológicas.

TEXTO NARRATIVO
Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O narrar surge da busca de transmitir, de comunicar qualquer acontecimento ou situação. A narração em primeira pessoa pressupõe a participação do narrador (narrador personagem) e em terceira pessoa mostra o que ele viu ou ouviu (narrador observador).
Na narração encontramos ainda os personagens (principais ou secundários), o espaço (cenário) e o tempo da narrativa.


TEXTO DISSERTATIVO
Neste tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de ideias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. Assim, a dissertação consiste na ordenação e exposição de um determinado assunto. É a modalidade mais exigida nos concursos, já que exige dos candidatos um conhecimento de leitura do mundo, como também um bom domínio da norma culta.
Está estruturada basicamente assim:
1. Ideia principal (introdução)

2. Desenvolvimento (argumentos e aspectos que o tema envolve)
3. Conclusão (síntese da posição assumida)

TEXTO EXPOSITIVO
Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo ideias, explicando e avaliando. Como o próprio nome indica, ocorre em textos que se limitam a apresentar uma determinada situação.
As exposições orais ou escritas entre professores e alunos numa sala de aula, os livros e as fontes de consulta, são exemplos maiores desta modalidade.

TEXTO INJUNTIVO
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede, manda ou aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo.
Bons exemplos deste tipo de texto são as receitas de culinária, os manuais, receitas médicas, editais , etc.

GÊNEROS TEXTUAIS
Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam como modos de organização, sendo limitados. No segundo, são os chamados textos materializados, encontrados em nosso cotidiano. Eles são muitos, apresentando características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição conteúdo e canal.
Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia ou recebe um e-mail ou usamos o Orkut ou MSN, estamos utilizando diversos gêneros textuais.



TIPOS TEXTUAIS
Descrição
Narração
Dissertação
Exposição
Injunção


GÊNEROS TEXTUAIS
Bilhete
Carta pessoal, comercial
Diário, agenda, anotações
Romance
Blog, e-mail,Orkut, MSN
Aulas
Reuniões
Entrevistas
Piadas
Cardápio
Horóscopo
Telegrama, telefonema
Lista de compras, etc.

Como iniciar uma redação???


DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO LÓGICO-EXPOSITIVO

Existem muitos maneiras de expor ideias, de desenvolver o raciocínio dissertativo. Vamos mostrar alguns com os quais você certamente enriquecerá seu repertório de possibilidades lógico-expositivas, elaborando seu texto com mais liberdade.
Observe o tema abaixo:

“A violência no cotidiano da cidade grande.”
Pelo método de estruturação de textos que sugerimos, a introdução tem como finalidade apresentar o assunto e a posição assumida diante dele, isto é, a tese a ser defendida. Essa representação pode ser feita de muitas maneiras. Vejamos uma:

* Definição:
Pode-se começar a dissertar fazendo uma definição do tema, para atribuir maior clareza e objetividade ao texto.
Por exemplo: Violência é...
A violência se caracteriza como...
Um ato é violento quando...
Existe violência se...
Em seguida, expõe-se o ponto de vista e segue-se o processo dissertativo já sugerido.

* Comparação:
Tem-se também a opção de começar, buscando uma definição do tema por comparação.
Por exemplo: A violência é como...
A violência é semelhante a...
A violência parece-se com..., lembra...
Depois de estabelecida a comparação, fazemos um breve comentário interpretativo dela, explicitando, assim, nossa visão do assunto.

* Citação:
Pode-se ainda iniciar o texto com uma citação relativa ao tema. Uma frase interessante, um verso, um aforismo (sentença breve, conceito), um fragmento, etc...
O ideal é que a citação seja feita de modo clássico: entre aspas, reproduzindo exatamente as palavras do autor e com indicação da fonte de onde foi retirada. Em seguida, faz-se uma pequena análise, um breve comentário a respeito da opinião citada, expondo, ao mesmo tempo, nosso ponto de vista sobre o assunto.

* Histórico:
O início do texto pode fazer um histórico, uma explanação rápida do tema através dos tempos, dando ao tema uma abordagem temporal.
Por exemplo: Antes, a violência era “x”, agora é...
Ontem, a violência era “x”; hoje é “y”, amanhã será...
Prepara-se uma espécie de rápido retrospecto da evolução que se quer demonstrar ou uma breve retrospectiva acompanhada de uma prospectiva.
Depois do histórico, apresenta-se a tese (proposição sobre o assunto, tema) e inicia-se a argumentação.


* Exemplo:
Pode-se também escolher um fato-exemplo expressivo para iniciar o texto. Em seguida, fazemos uma análise interpretativa desse exemplo – que poderá ou não ser retomado mais adiante - , revelando nossa visão sobre o tema.
Iniciar uma dissertação a partir de um exemplo dá concretude e comunicabilidade ao texto.

* Estatística:
Pode-se começar a redação pela apresentação de um dado estatístico esclarecedor sobre o tema. O procedimento é praticamente idêntico ao de iniciar o texto pela exemplificação.

* Resumo:
Um resumo daquilo que se pensa sobre o assunto da redação é uma das possibilidades de início. O começo da dissertação funcionaria, assim, como uma espécie de índice, de sumário do texto, em que se apresentaria de modo sintético o tema, o ponto de vista e a argumentação.
Por exemplo: A violência é “x” porque “y”...
A violência se deve a três fatores: a, b, c.

* Pergunta:
Pode-se ainda principiar o texto fazendo uma pergunta, um questionamento sobre o tema ou sobre algum aspecto dele.
Transformando o tema em uma interrogação, naturalmente já organizamos o desenvolvimento do raciocínio: ao responder à pergunta, apresentamos, ao mesmo tempo, nossa visão do assunto.
Essas diferentes sugestões são algumas das possibilidades de apresentação de ideias, que podem aparecer em inumeráveis combinações diferentes.
Por exemplo: uma pergunta seguida de uma definição e de uma comparação; um fato-exemplo seguido de uma comparação e de uma pergunta; uma citação seguida de uma pergunta, etc...
Não se esqueça que esses de exposição de ideias podem aparecer também no desenvolvimento ou na conclusão da dissertação. Essas sugestões se ativeram na introdução porque é o início do texto que demarca a organização lógica das ideias; e a sequência do raciocínio depende deste encaminhamento inicial.

Imagem: http://s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2015/05/cinco-dicas-de-redacao.jpg

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Validação

Este vídeo mostra a importância do poder de validação, do poder do elogio e da positividade na vida das pessoas, de forma encantadora.

Fonte do vídeo original:
http://www.youtube.com/hughnewman1024 Lançado em 2008. Hi-tec Informática http://www.hitecnet.com.br