domingo, 8 de março de 2009

Linha do tempo...

Até século XVI
A escrita se expressava imitando os sons da fala, com base em uma grafia fonética, sem qualquer tipo de padronização.
Do século XVI ao séc. XX
Tanto em Portugal quanto no Brasil, a escrita praticada é de caráter etimológico (procurava-se a raiz latina ou grega para escrever as palavras), num período classificado como “pseudo-etimológico”.
1907
A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita nas suas publicações.
1910
Em Portugal, é nomeada uma comissão para estabelecer uma versão simplificada e uniforme da ortografia a ser usada nas publicações oficiais e no ensino.
1911
A primeira Reforma Ortográfica tenta uniformizar e simplificar a escrita de algumas formas gráficas. A reforma envolve apenas Portugal.
1915
A Academia Brasileira de Letras tem a iniciativa de unificar a ortografia brasileira com a portuguesa.
1919
A tentativa de unificação não se consolida, e a Academia Brasileira de Letras revoga a resolução de 1915.
1924
A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começam a estudar uma grafia comum.
1929
A Academia Brasileira de Letras lança um novo sistema gráfico.
1931
É aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre Brasil e Portugal, procurando suprimir as diferenças, unificar e simplificar a língua portuguesa.
1934
A nova Constituição Brasileira revoga a resolução do ano anterior, determinando a volta da ortografia de 1891. Protestos de várias classes profissionais, como juristas, professores, escritores e da própria ABL fazem a resolução ser invalidada em 1938, com a volta da ortografia de antes do Acordo de 1931.
1940
A Academia de Ciências de Lisboa publica um novo vocábulo, válido apenas em Portugal.
1943
A Academia Brasileira de Letras publica o seu próprio vocábulo. É realizada a primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal, onde se firma o formulário Ortográfico de 1943, unificando os vocábulos de Portugal de 1940 e do Brasil de 1943.
1945
O Acordo Ortográfico definido em 1943 torna-se Lei em Portugal, mas não é ratificado pelo governo Brasileiro. O Brasil continua a se regular pela ortografia não unificada.
1971
O Brasil promulga alterações na ortografia, com a supressão do acento circunflexo na distinção de homógrafos e dos acentos que marcavam a sílaba subtônica nos vocábulos derivados com o sufixo “-mente” ou iniciados por “-z-“, reduzindo as divergências ortográficas com Portugal.
1973
Portugal promulga alterações na ortografia com base nas mudanças de 1971 do Brasil, reduzindo as divergências ortográficas.
1975
A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboram novo projeto de acordo, que não é aprovado oficialmente.
1986
O presidente brasileiro José Sarney promove encontro com a presença de seis dos países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe) no Rio de Janeiro. Na ocasião é apresentado o “Memorando sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”, a raiz do atual acordo. A proposta acaba sendo rejeitada.
1990
A Academia das Ciências de Lisboa convoca novo encontro, onde comparecem os sete países lusófonos, apresentando uma “Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. É elaborada a base do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, previsto para entrar em vigor de 1º de janeiro de 1994.
1996
O último acordo é ratificado por Brasil, Portugal e Cabo Verde.
1998
Em Cabo Verde, é assinado um “Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”, que retira do texto original a data para a entrada em vigor.
2004
É aprovado o “Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico”, que permitiu a adesão do Timor Leste ao documento e previu que seria suficiente que três membros ratificassem o Acordo Ortográfico de 1990. Em vez de exigir a ratificação por todos os países para que as novas normas entrassem em vigor.
2008
Após a ratificação de Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Portugal, são definidos os prazos de implantação do Acordo Ortográfico.